Wesley Igor Gomes*
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Há dois meses, familiares e amigos de Wana Sara Cavalcante, pedagoga que faleceu após ter o seu carro arrastado por água da chuva na Avenida Homero Castelo Branco, na zona Leste de Teresina, lidam com a dor da perda e esperam que medidas sejam tomadas para que a tragédia não se repita com outras pessoas.
Sobre a filha Wana, Fátima Henrique conta que ela possuía muitos planos, como ter a casa própria e construir uma família. Sonhos que não puderam ser realizados.
“A gente faz um plano e Deus faz outro. Mas só que a gente, as pessoas que a gente ama, a gente não quer que parta”, disse a mãe, bastante emocionada.
A mãe também fez um apelo aos órgãos responsáveis para intervirem no local do acidente, garantindo, assim, que outras pessoas não se tornem vítimas como sua filha.
“Espero que os governantes, o prefeito, todos que estão nesse mandato, façam ‘direitinho’ para não ter outras vidas. Isso eu não quero para ninguém, eu não quero essa dor para ninguém”, expressou.
Lidando com a saudade, Isabel Lopes, amiga de Wana por mais de 15 anos, acredita que essa fatalidade poderia ter sido evitada se a via tivesse uma fiscalização mais eficaz.
“Lhe confesso, nós já passamos naquela rua com chuva por muitas vezes. Mas nunca com um buraco daquele tamanho, que dava para cair dois carros”, relembrou.
Problemas na avenida
A obra da galeria em que a pedagogia faleceu já durava há quase dez anos e registrava muitos casos de acidentes. Somente após o ocorrido, ações foram realizadas no trecho que, atualmente, continua apresentando problemas no revestimento asfáltico.
“De vez em quando vai um pneu, um aro e acaba o carro da gente, o cárter [peça do motor]. Agora mesmo, todo dia foi uma pancada no meu carro, na frente, isso é buraco rachando”, relatou o motorista de aplicativo, Hygino Júnior.
A Superintendência das Ações Administrativas Descentralizadas (SAAD) Leste foi procurada para falar sobre a situação, mas não houve retorno.
Tragédia
O corpo da servidora pública Wana Sara Cavalcante, de 39 anos, desapareceu no dia 4 de fevereiro e foi encontrado dois dias depois, preso em vegetações na saída de um bueiro próximo à floresta fóssil, a poucos metros do Rio Poti, na zona Leste de Teresina.
O carro que ela dirigia foi arrastado para um bueiro próximo à obra de uma galeria no cruzamento da rua Eustáquio Portela com a avenida Homero Castelo Branco, durante forte chuva em Teresina.
O veículo ficou preso e o corpo de Wanna foi arrastado pela correnteza.
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*Estagiário sob supervisão da jornalista Carlienne Carpaso
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