7 de julho de 2025

Movimentos sociais protestam em Teresina contra inflação e alta dos preços

Kelvyn Coutinho

Publicado em 09/04/2022 21:30

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Movimentos sociais protestam em Teresina contra a alta nos preços. (Foto: Reprodução)

Entidades e movimentos sociais foram às ruas em Teresina neste sábado (9) para protestar contra a alta dos preços dos alimentos e do gás de cozinha, que tem feito muitas famílias enfrentarem dificuldades para se manter e colocar comida na mesa todos os dias. Atualmente, o preço médio do gás liquefeito de petróleo (GLP) é R$ 135,00.

A autônoma Maria Zilda Ferreira mora com o companheiro e seis filhos no Residencial Dilma Rousseff, na Zona Norte da capital, e conta que não tem sido fácil sobreviver com o aumento dos preços.

“A gente tem que optar ou o gás ou a comida, então eu opto pela comida porque o gás fica lá no botijão e as crianças passando necessidade não tem como. Então eu uso o carvão. Quando não tem o carvão é o jeito ir para a mata procurar lenha”, comentou.

Vivendo com R$ 535 do programa Auxílio Brasil, Maria Zilda complementa a renda vendendo plantas.

“Estou me virando. A gente dá um jeito, às vezes passa na rua e tem aqueles ferros velhos, latinhas de alumínio, porque agora a gente não deixa mais nenhuma. Tem as minhas mudas de planta. Às vezes aparece um bico, uma capina, porque se for esperar, só por um milagre de Deus. Ou você se vira ou passa necessidade”, lamenta a autônoma.

A autônoma Maria Zilda relata que tem passado dificuldades. (Foto: Reprodução)

Para mostrar a insatisfação com a situação de famílias como a de Maria Zilda, manifestantes foram às ruas. Na Praça da Liberdade, no Centro de Teresina, aconteceu uma roda de conversas para compartilhar relatos sobre as incertezas e a gravidade do momento. Na Zona Leste, um grupo de pessoas protestou com cartazes e faixas, chamando a atenção para a alta dos combustíveis e da inflação.

“Hoje, mais de 60% do que um entregador ganha, ele deixa no posto de combustível com esse aumento abusivo que estamos vendo”, disse Júlio César, presidente da Associação de Entregadores por Aplicativo.

A representante da Frente Brasil Popular/Piauí, Neide Carvalho, afirmou que o protesto contou com a presença de diversas entidades manifestando pela situação das famílias do Piauí que estão em situação de vulnerabilidade.

“Aqui é uma junção de diversas entidades que manifestam em nome de milhares de famílias do Piauí que passam fome, que tiveram que vender a moto ou o carro e que estão em estado de miséria, não dá para aguentar”, completou Neide.

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