A assinatura da convenção coletiva dos trabalhadores do transporte coletivo foi realizada por volta das 13h40 desta terça-feira (12) durante reunião na sede do Trabalho Regional do Trabalho – 22ª Região, na zona Leste de Teresina. A convenção assegura direitos aos motoristas, cobradores e fiscais.

A convenção coletiva 2022 era uma exigência dos trabalhadores para que eles retornassem ao trabalho, depois de 23 dia de greve, pois ela não era firmada desde 2020. A categoria ressalta que a última convenção foi encerrada em dezembro de 2019.

Na noite de terça-feira (11), o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Rodoviários No Estado do Piauí (Sintetro) firmou acordo sobre as exigências da categoria com a Prefeitura de Teresina e a o Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (Setut).

A desembargadora Liana Chaib, presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 22ª Região, disse que a convenção é uma conquista dos trabalhadores.

“A partir de agora, a população terá todos os ônibus em circulação. Nós fizemos efetivamente o acordo. As cláusulas que estavam impactando, que era a questão, do reajuste, do auxílio-alimentação e do auxílio plano de saúde, chegamos a um bom termo, justamente com o Ministério Público do Trabalho. É histórico mesmo, uma grande conquista essa convenção coletiva porque eles ficaram sem nenhum instrumento. A partir de agora, eles têm um instrumento para a progressão da carreira deles”, disse a desembargadora.

O termo de mediação foi assinado pelos representantes do TRT, Setut, Prefeitura de Teresina, Sintetro, Setut e Ministério Público do Trabalho. A Prefeitura de Teresina também vai fazer um aporte de R$ 850 mil às empresas, além do repasse mensal de R$ 1,2 milhão.

O acordou definiu:

– Salário – Motorista: R$ 2.000,00
– Salário – Cobrador: R$ 1.231,00
– Salário – Fiscal: R$ 1.325,99
– Auxílio Alimentação: R$ 170,00
– Auxílio Plano de Saúde: R$ 60,00
– O acordou retirou a cláusula 37 da convenção coletiva que falava sobre a exclusão do cobrador em 20% da frota de ônibus

Os representantes do Sintetro comentam que a luta por seus direitos foi intensa. O presidente do Sintetro, Antônio Cardoso, disse que a assinatura foi um avanço para os trabalhadores, que estavam sem convenção.

“A gente foi gratificado com a convenção e pedimos a compreensão da população. A população estava com dificuldade, pagando mais caro pelo transporte, mas apoiou a nossa luta. Ainda não era aquilo que a gente buscava, mas já demos um passo, que é a assinatura da convenção. Não tivemos ganho real, mas é um avanço”, declarou.

Cardoso conta que na assembleia geral dos trabalhadores na segunda (11) já definiu que eles iriam retornar ao trabalho logo após a assinatura do documento. Os trabalhadores vão respeitar a escala.

Os trabalhadores estão sem o pagamento do salário referente ao mês de março, que deve ser pago nas próximas horas.

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