Os empresários de Luís Correia relatam ameaças de organizações criminosas com cobrança de dinheiro para não haver represálias contra os empreendimentos. Atualmente, o turismo movimenta mais de 60% da economia da cidade, localizada no litoral piauiense.
Nessa semana, proprietários de pousadas, hotéis e restaurantes foram vítimas de ameaças feitas por ligações e mensagens de texto. Os autores das mensagens afirmavam ser faccionados. Em uma das ligações, os criminosos afirmaram ter relação com a morte de um cliente dentro do banheiro de um dos restaurantes na orla da praia de Atalaia no domingo (24).
Carlitus Marchado, que é empresário e secretário de administração de Luís Correia, fala que uma das suas funcionárias foi vítima das ameaças.
“Eu recebi algumas informações de uma das nossas empreendedoras. Não sei se foi trote ou não. Ela recebeu aquela ameaça por parte de alguém, que tinha inicialmente cobrado alguma parcela para ela”, disse.
As denúncias dos empresários já chegaram ao conhecimento do 24º Batalhão da Polícia Militar do Piauí, ressalta o comandante da PM, major Inácio Delgado.
“Nós tratamos isso como uma real ameaça. Só que o setor hoteleiro, comercial, tem que dá continuidade à sua atividade. Nós fazemos um filtro disso, junto com o pessoal da Inteligência. A Polícia Militar com uma atuação integrada com a Polícia Civil”, comenta o comandante.
Uma reunião no gabinete da prefeita Maninha Fontenele (PL) com o comando do 24º BPM e os empresários discutiu a segurança na região.
ALERTA DE GOLPE
Sobre as ameaças, a Delegacia de Polícia Civil em Luís Correia ressaltou que as mensagens com ameaças podem envolver um tipo de golpe que está se espalhando pelo país. Por isso, esses casos precisam ser denunciados.
Em dezembro de 2021, o Portal ClubeNews divulgou uma matéria esclarecendo como esse golpe funciona. Na época, os empresários de Teresina relataram ser alvos de um novo golpe praticado por criminosos em meios virtuais.
O Portal ClubeNews apurou que alguns empresários na capital receberam ligações e mensagens pelo WhatsApp da empresa com ameaças de um suposto membro de facção criminosa exigindo transferência bancária mediante ameaças. Eles dizem, por exemplo, que descobriram o endereço da empresa após identificar que os empresários denunciaram ações da facção para a polícia.
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