Thálef Santos*
thalefsantos@tvclube.com
O uso excessivo de celular e a fixação nas redes sociais podem provocar dependência virtual e agravar quadros de transtorno de ansiedade. A relação dos celulares com o trabalho e as atualizações em lazer podem causar sensação de “sufoco” e até desenvolver vício. É o que afirma o médico psiquiatra Vicente Gomes.
O especialista afirma que empregos que envolvem o celular deixam as pessoas sempre atentas às mensagens. Além de presas às notificações do aparelho, o excesso de mensagens nas redes também acabam “aprisionando” os usuários.
Esse é um dos sintomas relatados pelo professor Victor Carvalho. “Me senti até um pouco sufocado com tantas mensagens, tantos grupos. Estou tentando diminuir [o uso]. Consigo, mas tem uma parte de entretenimento que também consome muito meu tempo”, conta.
Outro aspecto ruim de estar sempre online é que o lazer na mídia também pode causar em cada pessoa a necessidade de se manter “antenado” nas atualizações das redes e do que está “em alta”. “Além disso, as vidas compartilhadas e comparadas podem causar um desânimo sobre as perspectivas da própria vida”, alerta o psiquiatra.
Equilíbrio
O médico psiquiatra Vicente Gomes destaca que é importante manter um equilíbrio no uso do celular. Apesar das complicações do uso excessivo (irritabilidade, ganho de peso e prejuízo no sono), o celular também possui o âmbito social de lazer, apoio e distração.
“A partir do momento que a pessoa pega a rede social e acaba tendo contato com outro perfis que a fazem se comparar, isso é algo negativo e gera bastante ansiedade”.
O especialista avisa que um dos sinais é a sensação ruim geradas pela comparação. “A necessidade de se manter atualizado é mais um sinal, além da privação de sono, que pode prejudicar a vida individual em diversas áreas”.
Mudança de hábitos
O médico recomenda que atividades diferentes e atrativas sobreponham o uso do celular. Outras formas de lazer podem trazer sensações melhores e descansar a mente do ritmo acelerado das redes sociais.
“Atividades físicas, leitura, trabalhar um pouco a respiração. É importante priorizar o contato real. A gente está as vezes no café da manhã e deixa de dar atenção às pessoas para ficar no celular”.
Cuidado com as crianças
Outro alerta do médico Vicente Gomes é sobre as crianças. Ele afirma que muitos pais reclamam de filhos presos nos aparelhos, mas lembra que as crianças têm como reflexo seus responsáveis.
O psiquiatra orienta que, para os casos mais graves que exijam tratamento, é indicado o acompanhamento psicológico, por meio da psicoterapia ou tratamento farmacológico, com uso de medicamento para ajudar a controlar alguns sintomas.
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*Sob supervisão da jornalista Carlienne Carpaso
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