Ir até a Associação de Amigos dos Autistas do Piauí (AMA-PI), na zona Norte de Teresina, tornou-se tarefa difícil para muitas famílias que precisam fazer o tratamento no local, pois apenas um veículo do Transporte Eficiente está disponível para atender os pacientes em toda a cidade.

Mãe de dois filhos autistas ainda crianças, Andréa Bezzera precisa da ajuda do Transporte Eficiente, que é um serviço público, para sair do residencial Deus Quer até o bairro Primavera.

“O tempo de espera é muito longo porque vai pegar na zona Norte, zona Sul, zona Sudeste, com lotação de no máximo de quatro pessoas. São muitas viagens no carro em um único dia. Isso acaba sendo desgastante”, desabafa.

A mãe das crianças explica que antes da pandemia os filhos iam três vezes por semana para o tratamento presencial.  Agora, com a retomada do atendimento no local, apenas um dia foi disponibilizado. Mesmo assim, chegar até a sede da AMA ficou complicado já que a família não possui transporte próprio.

“Essas terapias são de extrema importância para essas crianças, não tem como a gente deixar para lá. Tem que fazer. É, a partir dessas terapias, que elas têm o desenvolvimento para chegar o mais perto de uma vida normal. A luta de toda mãe é isso”.

O transporte eficiente para o transporte de autistas até o AMA foi atendido por intermédio do Ministério Público do Piauí, que solicitou à Prefeitura de Teresina a disponibilização do veículo.

A presidente da AMA, Teresa Ramos, comenta que ir até a sede do AMA faz com que a criança também tenha uma maior interação social, pois não é recomendado o autista passar o tempo todo dentro de casa. “Ela precisa estar em movimento. A pandemia destruiu essa sociabilidade, principalmente dos autistas”.

A assessora de projetos do AMA, Jaíra Sousa, acrescenta que existe um projeto para expandir o serviço para também ser possível a retomada de outros atendimentos.

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