Pais emocionalmente imaturos afetam a vida dos filhos e influenciam nos relacionamentos que eles vão ter quando adultos. Crescer com pais imaturos é uma experiência solitária, o que se conhece como vazio emocional, a criança vai se formando com a sensação de estar sozinho no mundo e, muitas vezes, entendo que a culpa por esses sentimentos é dela mesma.
A psicóloga norte-americana, Lindsay Gibson, classifica os pais imaturos em 4 tipos e em todos eles a algo em comum; a criança cresce em um ambiente de insegurança, negligenciada, onde recebe pouca atenção e afeto.
Tipos de pais imaturos
1.Dramaticamente imaturos: imprevisíveis, tudo gira em torno deles, se dizem vítimas, qualquer coisa pode tirá-los da ordem e todos na família lutam para acalmá-los, marcado pela instabilidade emocional, controlam as pessoas com táticas emocionais, na extremidade grave são doentes mentais, bipolares, psicóticos etc.
2.Compulsivos: sempre muito ocupados, seguem metas sem parar, são controladores, elogiam de forma seletiva e pressionam por aquilo que querem ver, aquele tipo que paga escola, comida, mas não tem uma conversa que fale de sentimentos com os filhos, sempre focados em resolver coisas, aparentam ser mais normais, querem que as crianças valorizem e gostem das mesmas coisas que ele, como tudo é do jeito deles, os filhos tendem a ter problemas com iniciativa, autocontrole, ficar desmotivados e até deprimidos.
3.Passivos: evitam perturbações, geralmente se submetem à um parceiro mais dominante e essa submissão pode fazer vista grossa aos abusos emocionais, físicos e sexuais que a criança possa sofrer, principalmente se ele tiver uma dependência financeira da outra pessoa. São esses tipos de pais que têm uma maior probabilidade de abandonar a família quando diante da chance de uma vida mais feliz. Como não maltrata a criança de forma ativa, ela tende a fantasiar que esse é o pai/mãe bonzinho porque esse não a faz sofrer. Mas esse tipo também é imaturo quando não adota uma postura de proteger esse filho.
4.Rejeitadores: não querem ser incomodados, são conhecidos por dar ordem, explodir, se isolar da vida em família, punir até de forma física os filhos, a família tenta não incomodar. Até parece que eles não queriam ter filhos. Crianças com pais assim pedem desculpas por existir e na vida adulta não conseguem pedir o que precisam.
E como os filhos reagem a esses pais? Os filhos aprendem a enfrentar de duas formas:
1.Externalizadores:
Agem sem pensar, demonstram raiva, pouca paciência, culpam as outras pessoas, não aprendem com os erros, querem tudo de forma imediata, têm pouca autoconfiança ou um inflado senso de superioridade, são comuns o abuso de substâncias como álcool, drogas, remédios.
São aquelas crianças que explodem por nada e quando adultos se metem em muitos problemas.
2.Internalizadores:
Sensíveis, autorreflexivos, têm uma necessidade de profunda conexão, assumem responsabilidades muito cedo o que provoca uma independência prematura. O fato de não colocarem para fora os sentimentos faz parecer que está tudo bem, que eles não precisam de apoio e de atenção. Invisíveis e negligenciados passam a sentir uma dolorosa solidão, se culpam e buscam fazer os pais felizes.
No futuro, as relações desses filhos com as outras pessoas também vão ser consequências do que viveram. Vamos citar algumas:
- Fantasias de cura dos pais e companheiros, a ideia de que podem mudar as pessoas para que elas sejam felizes
- Busca um parceiro que sempre pense primeiro nas suas necessidades
- Busca um amigo que nunca decepcione
- O passado se repete. Aqui está a questão mais difícil a ser resolvida; geralmente se envolvem com pessoas que têm comportamentos parecidos com os pais, porque esses comportamentos já lhe são familiares e desde o princípio o nosso cérebro aprendeu a buscar situações familiares no instinto de manter a sobrevivência da espécie.
O que pais imaturos provocam nos filhos vai além do sentimento de vazio emocional, de dor, de solidão, de busca incessante por cura. Pais imaturos privam os filhos da própria individualidade, eles não são livres para viver a própria vida e sentem-se responsáveis pela felicidade dos pais.
Então vamos ao alerta: Você já é livre para viver a própria vida, mesmo que seus pais sejam infelizes!
Nenhuma criança tem poder suficiente para conquistar o amor de um pai ou uma mãe egoístas. Muito menos, de fazê-los felizes!
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