
Jonas Carvalho*
jonascarvalho@tvclube.com.br
O novo aumento no preço do diesel, anunciado pela Petrobras na segunda-feira (9), deve gerar impactos no funcionamento do Hospital Universitário de Teresina (HU), na zona leste de Teresina. A unidade prevê aumento de mais de R$ 5 mil nas despesas.
No HU, o diesel é utilizado como combustível para aquecer as caldeiras que produzem vapor para a esterilização de tecidos e roupas cirúrgicas. De acordo com o gerente de estrutura do hospital, José Soares, o custo para a compra mensal do diesel – que já custa R$ 56 mil – pode subir ainda mais com a nova alta.
“O consumo de diesel reflete no funcionamento do hospital. Ele é necessário para a produção de vapor e processamento de roupas. À medida que o custo do diesel aumenta, aumenta também o custo operacional do hospital na mesma proporção”, garantiu o gerente.
O presidente do Sindicato dos Postos do Piauí (Sindpostos), Alexandre Valença, criticou a postura da estatal brasileira, reforçando que a empresa já possui lucro suficiente para suprir o aumento dos preços internacionais do combustível.
“O argumento da Petrobras é que ela trabalha em paridade com o preço internacional. Como fora do país o preço do óleo diesel está cerca de R$ 1,50 mais caro, ela fez esse aumento aqui no Brasil. Isso é muito questionável porque a Petrobras tem uma rentabilidade boa e eu sou contra essa política”, disse.
Preço atualizado
A Petrobras anunciou, na segunda-feira (9), um reajuste de 8,87% no preço do diesel para as distribuidoras. De acordo com a empresa, o preço do litro do combustível no atacado passará de R$ 4,51 para R$ 4,91, um aumento de R$ 0,40 a partir desta terça (10). Segundo a empresa, esse é o primeiro reajuste do combustível em 60 dias. A gasolina e o GLP tiveram seus preços mantidos.
Com o reajuste, a mistura obrigatória de 90% de diesel A e 10% de biodiesel passará a custar para a distribuidora R$ 4,42 por litro, em vez dos atuais R$ 4,06, uma alta de R$ 0,36.
Essa é a parcela da Petrobras no preço cobrado do consumidor, que ainda inclui custos e margens de lucro das distribuidoras e dos postos de combustível, além do ICMS.
*Sob supervisão da jornalista Lucy Brandão.
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