5 de julho de 2025

Piauí tem redução no número de partidos na Câmara dos Deputados

Jonas Carvalho

Repórter
Publicado em 24/05/2022 15:55

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(Foto: Paulo Sérgio/ Câmara dos Deputados)

A bancada federal do Piauí tem se tornado cada vez menos plural em relação à quantidade de partidos representados na Câmara dos Deputados. Ou seja, menos legendas têm conquistado espaço no legislativo federal a cada eleição.

Um levantamento realizado pelo ClubeNews mostra que, em 2006, sete partidos compunham o quórum da bancada de deputados piauienses em Brasília. Já em 2018, seis legendas conseguiram um espaço na Casa – no entanto, após a janela partidária de março de 2022, deputados em busca da reeleição trocaram de partido e o Congresso Nacional passou a ter apenas quatro siglas que representam o Piauí.

O mestrando em Ciência Política, Ivan Machado, explica que a situação é uma tendência no cenário nacional. Fator que ganha amplitude mediante as novas regras eleitorais, como a federação partidária.

“Sim, é uma tendência nacional [a redução no número de partidos] e houve uma mudança significativa durante o período da janela partidária, realinhando o Congresso em relação aos partidos com maior número de cadeiras”, explicou.

O Piauí possui 10 cadeiras na Casa e é 13º estado do Brasil com o menor número de parlamentares federais. Minas Gerais tem o mais alto número de representantes, com 53 vagas. O quantitativo de cadeiras é calculado de forma proporcional, com base na população de cada estado.

Impacto

Machado explica que a situação gera concentração de força e que o maior beneficiário dessa ação seria o Poder Executivo, que precisaria lidar com um número menor de líderes partidários e assim menor tempo para concluir tratativas.

“Por exemplo, para a apreciação de um projeto ao invés de se articularem entre 20 líderes partidários, agora as negociações seriam com 10.  Com um número menor de atores haveria uma distribuição de força maior favorecendo então possíveis alterações de maneira mais ágil. Essa vantagem recairia, principalmente, na relação Executivo-Legislativo, já que o presidente lidaria com um número menor de partidos para se articular”, destacou.

Legendas robustas

A situação favorece o fortalecimento de partidos grandes e o declínio de agremiações pequenas. No mês de março deste ano, os deputados Fábio Abreu e Marcos Aurélio Sampaio deixaram o PL e o MDB, respectivamente, para migrarem ao PSD. Enquanto isso, Flávio Nogueira saiu do PDT para se filiar ao PT e Marina Santos trocou o PTC pelo Republicanos.

Confira a atual composição da Câmara:

– Rejane Dias (PT)

– Fábio Abreu (PSD)

– Merlong Solano (PT)

– Flávio Nogueira (PT)

– Júlio César (PSD)

– Iracema Portella (Progressistas)

– Margarete Coelho (Progressistas)

– Marcos Aurélio Sampaio (PSD)

– Marina Santos (Republicanos)

– Átila Lira (Progressistas)

 

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