
Kelvyn Coutinho*
kelvyn@tvclube.com.br
O bebê Artur Samuel Gomes, de 1 ano e 3 meses, morreu na última segunda-feira (23) no Hospital Estadual Dirceu Arcoverde (HEDA), na cidade de Parnaíba, região do litoral piauiense. A família da criança acredita que houve negligência no atendimento ao bebê e pede a apuração do caso.
O pai da criança, Antônio Francisco Nascimento, afirmou que Artur deu entrada no hospital com diarreia no domingo (22), recebeu soro e seria liberado logo em seguida, mas que teve complicações e acabou morrendo.
“Nós levamos o menino para o Dirceu Arcoverde para o médico passar um medicamento. Chegando lá, o neném ficou agitado porque estavam furando ele tentando achar a veia. Aí botaram uma mangueira no nariz do menino, que eu acho que é o soro, botou o negócio na veia do pescoço. Aí eles decidiram que o menino ia ficar internado. Aí quando amanheceu o dia, eu fui lá ver o menino, o menino já não dava reação, não abriu o olho nem nada”, relatou o pai.
Antônio Francisco contou que a criança teve problemas para respirar e a equipe médica decidiu entubá-la.
“Já tinham me dado a notícia de que o menino estava com febre de 40°C. Segunda-feira o menino já estava sem respirar, aí me falaram que iam entubar, disseram ‘ou entuba ou morre o menino’. Depois pediram para duas assistentes sociais levarem a minha mulher para uma sala para conversar. Quando chegou, já deram a notícia para a minha mulher que o menino tinha morrido”, disse.
O homem acredita que houve negligência no atendimento do filho e cobrou a apuração do caso. “Quero que o responsável pela morte do meu filho pague, porque meu filho foi para lá bem, eu levei ele nos meus braços”, declarou Antônio.
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) informou, por meio de nota, que Artur deu entrada no HEDA com quadro de desidratação grave com sinais de infecção generalizada. A pasta informou ainda que informações complementares da família de existência de investigação anterior de possível doença genética.
Confira a nota na íntegra:
A criança de iniciais A.S.G.N. deu entrada na recepção desse hospital dia 22/05/2022 às 21h19 com aumento das frequências cardíaca e respiratória, pele fria e sudoreica, extremidades arroxeadas, o que evidenciou quadro de desidratação grave com sinais de infecção generalizada e informações complementares da família de existência de investigação anterior de possível doença genética.
Na triagem inicial da criança já foi identificado a condição grave em que a mesma chegou, o que levou a ser prontamente encaminhada para a sala de emergência pediátrica, onde todas as medidas assistenciais foram realizadas. Todavia, devido à condição do quadro geral grave não foi possível a instalação de um acesso venoso periférico imediato (acesso na veia), sendo necessária a realização de um acesso venoso central pela equipe de cirurgia pediátrica.
Devido piora do quadro previamente instalado, o paciente seguiu com necessidade de uso de drogas vasoativas e intubação orotraqueal. Mesmo com todas as medidas possíveis tomadas por essa unidade hospitalar, infelizmente, evoluiu à óbito no dia 23/05/2022 às 16h03.
O HEDA realizou o atendimento psicológico à família do paciente, lamentando a perda e enviando condolências a todos.
*Estagiário sob supervisão da jornalista Carlienne Carpaso
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