Pirâmide financeira: polícia investiga grupo que aplicou golpe em mais de 300 vítimas no PI e DF

"O inquérito policial foi instaurado em 2022. Já foi apurado que a organização criminosa captou valores que ultrapassam a cifra de R$ 12 milhões"

Operação Alavancada – Foto: PF

A Polícia Federal investiga uma organização criminosa suspeita de aplicar golpes em mais de 300 vítimas nas cidades de Floriano (PI), Elizeu Martins (PI), Corrente (PI), Teresina (PI), além de Brasília (DF), envolvendo crimes contra o Sistema Financeiro Nacional e a chamada pirâmide financeira (Esquema Ponzi).

Os investigados captavam recursos dos clientes (vítimas) por meio de fraude com promessa de até 20% sobre o capital investido.  O dinheiro seria supostamente aplicados no Mercado Financeiro por meio de empresa não autorizada pela Comissão de Valores Mobiliários  (CVM).

Uma operação policial acontece nesta terça-feira (14) para prender os suspeitos de aplicar esse tipo de golpe, além de buscar por mais documentos que comprovem as fraudes.

Oito mandados judiciais contra os investigados foram cumpridos nas cidades de Brasília (DF), Formosa (GO) e Cuiabá (MT). Desses mandados, um é de prisão preventiva, dois de prisão temporária e cinco de busca e apreensão.  “As ordens foram expedidas pela Vara Federal Cível e Criminal da Subseção da Justiça Federal de Floriano (PI)”.

De acordo com a Polícia Federal, “o inquérito policial foi instaurado em 2022 e, até o presente estágio das investigações, já foi apurado que a organização criminosa captou valores que ultrapassam a cifra de R$ 12 milhões, com mais de 300 vítimas nas cidades de Brasília/DF, Floriano/PI, Elizeu Martins/PI, Corrente/PI e Teresina/PI”.

“Além disso, restou demonstrado até o momento que os valores disponibilizados pelas vítimas para os criminosos variavam de R$ 5 mil a R$ 430 mil, depositados diretamente nas contas pessoais dos investigados”.

VEJA COMO FUNCIONAVA O ESQUEMA

  • Os investigados se apresentavam como “Traders” para captar economias de vítimas/investidores, a pretexto de aplicar os recursos no mercado de valores mobiliários.
  • Os investigados emitiram e ofereceram ao público valores mobiliários consistentes em contratos de investimento coletivo em nome de empresa de fachada, sem registro prévio de emissão junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), sem lastro ou garantia suficientes e sem autorização prévia da CVM.
  • Os envolvidos devem responder por crimes contra o Sistema Financeiro Nacional, Crime contra a Economia Popular, Associação Criminosa e Lavagem de Dinheiro.
Operação Alavancada – Foto: PF

Segundo a Polícia Federal, “a operação contou com a colaboração do Ministério Público Federal (MPF), Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Coordenação-Geral de Repressão à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro da Polícia Federal (CGRC/PF) e das Polícias Civis Estaduais das cidades de Floriano (PI) e Brasília (DF)”

Já o “nome da operação (Alavancada) é uma referência à forma de atuação que permite ao investidor do Mercado Financeiro negociar volumes financeiros bem superiores ao que ele possui quando identifica uma grande oportunidade no mercado. Com uma pequena quantia em dinheiro, é possível ampliar os ganhos de um investimento, assim como as perdas também podem ser significativamente maiores”.

 

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