Em Teresina, ministra da Mulher diz que 75% dos brasileiros não querem a legalização do aborto

Cristiane Britto, ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos está na capital piauiense e entregou veículos e equipamentos para Conselhos Tutelares

Ministra Cristiane Britto. (Foto: arquivo)

Thálef Santos*
thalefsantos@tvclube.com

Em visita a Teresina, nesta sexta-feira (24), a ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Cristiane Britto, não quis comentar sobre o caso da criança de 11 anos, vítima de estupro e grávida, que ganhou repercussão nacional. Porém, sobre a legalização do aborto, ela afirma que “esse debate cabe ao Parlamento, não ao Governo Federal. O que posso dizer é que quase 75% da população brasileira não quer o aborto”.

Durante a entrevista, Cristiane propôs aos gestores e à população geral uma reflexão sobre o caso. “Onde nós falhamos? Muitas crianças estão sendo vítimas de estupro no país todo. Lamentar a revitimização dessa criança a cada exposição, ainda mais com áudio, gravação divulgada de audiência que tinha que ser sigilosa. A criança tem direito a uma escuta protegida. Isso está na lei, que foi aprovada no ano passado, para evitar a revitimização”, disse a ministra.

A visita aconteceu para presenciar uma solenidade de entrega de 12 veículos, televisões smart, ar-condicionados, impressoras, cadeiras e computadores a dez Conselhos Tutelares do Piauí. Teresina vai receber dois dos veículos. A ministra afirma que a situação atual demanda a estruturação adequada dos órgãos de proteção à criança e que o evento demonstra a prioridade política.

“Tem conselheiros pelo Brasil que vão salvar crianças em bicicletas, que não tem nem um computador e agora vamos entregar esses veículos, acompanhados de kit, com ar-condicionado, computador, tv smart. Então é um kit completo para a estruturação, para terem o mínimo de condições para continuar salvando e protegendo as nossas crianças” explica Cristiane Britto.

Para ela, outro empecilho na proteção foi o contexto da pandemia. Ela revela que mais de 80% das denúncias são realizadas pelos professores e sem as aulas, as crianças perderam esta supervisão. Entretanto, ela também afirma que o retorno às aulas está “assustador” com o aumento da violência.

Apesar da realidade violenta, a ministra informa os dados dos últimos três anos demonstram a redução de 41% na mortalidade das crianças e de 18% nos casos de gravidez na adolescência.

Conselho Tutelar IV em Teresina. (Foto; Arquivo ClubeNews)

 

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