
Wesley Igor Gomes*
wesleygomes@tvclube.com.br
A Delegacia de Repressão a Crimes de Informática, da Polícia Civil do Piauí, vai solicitar o compartilhamento de informações da Operação Cybermáfia – deflagrada nesta sexta-feira (8) pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) – envolvendo um grupo de hackers suspeitos de invadir sites dos governos de vários estados brasileiros. Entre eles estão o Piauí, a Bahia, o Rio de Janeiro e o Paraná, além do próprio Distrito Federal.
Segundo o delegado Anchieta Nery, titular da Delegacia de Repressão a Crimes de Informática do Piauí, o grupo usou uma técnica chamada defacement, que consiste na realização de modificações de conteúdo e estética de uma página da web. Segundo o delegado, o compartilhamento de informações vai avançar nas investigações contra os suspeitos em andamento no Piauí.
“Pessoas com conhecimento em informática, geralmente adolescentes ou grupos de hackers, fazem isso e deixam, ali, uma ‘pichação’ na página, um escrito para poder se vangloriar depois e alegar a autoria”, disse o delegado ao Portal ClubeNews.
Os ataques cometidos pelo grupo investigado aconteceu no primeiro semestre de 2022. O delegado também afirma que, apesar da ação dos criminosos, os dados governamentais do estado não sofreram qualquer risco de serem perdidos.
O delegado Anchieta também comentou que vários inquéritos policiais foram instaurados nos estados que foram vítimas desses hackers.

Polícia Civil do Distrito Federal
Ao Portal ClubeNews, a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) esclareceu que nenhum adolescente foi apreendido. As equipes cumpriram apenas mandados de busca e apreensão no estado do Paraná, que estaria relacionado ao endereço de um adolescente.
Sobre o crime, a Delegacia Delegacia de Repressão a Crimes Cibernéticos (DRCC) da PCDF informou que os envolvidos alteravam páginas da internet ligadas à prestação de serviços públicos inserindo figuras e expressões relacionadas à invasão da Federação Russa junto ao território da Ucrânia.
“O grupo fazia questão de deixar sua assinatura nas páginas alteradas, deixando evidente sua expectativa de impunidade”, destaca a delegada-chefe adjunta da DRCC, Letízia de Lourenço.
A investigação, que contou com o apoio da Seção de Perícias em Informática (SPI), do Instituto de Criminalística (IC/PCDF), conseguiu localizar a origem da invasão, sendo esse o motivo do pedido de busca e apreensão, cumprido nesta sexta-feira, em Curitiba, no Paraná.
*Estagiário sob supervisão da jornalista Carlienne Carpaso
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