Uma funcionária terceirizada é investigada por fraude de processo administrativo no esquema que facilitava a aquisição de armas de fogo em Teresina. Contra ela, a Polícia Federal (PF) tenta cumprir, nesta segunda-feira (1), um mandado de prisão preventiva. Além dessa despachante, a PF investiga um instrutor de tiros e um contador, que atuam juntos.
Essa investigação faz parte da segunda fase da Operação Restituere, deflagrada pela Polícia Federal do Piauí, na manhã desta segunda-feira (1º).
“Não há funcionários/servidores da Polícia Federal entre os envolvidos na Operação de hoje. A terceirizada citada prestava serviço para a PF, mas já foi demitida há cerca de 8 meses”.
As equipes policiais cumprem um mandado de prisão preventiva, 11 mandados de busca e apreensão e quatro mandados de afastamento das funções. Os mandados buscam apreender as armas de fogo adquiridas ilegalmente com base em documentos falsificados.
Os mandados foram expedidos pela 1ª Vara Federal Criminal da Seção Judiciária do Piauí, expedidos a partir da investigação de fraudes em processos administrativos para aquisição de armas de fogo.
“Os afastamentos das funções dizem respeito a um contador, dois instrutores de tiro e uma funcionária terceirizada. As ordens judiciais estão sendo cumpridas em Teresina, no Piauí, e na cidade de Caxias, no Maranhão”, informou a polícia em nota.
A PF ressalta que “os suspeitos poderão responder pelos crimes de falsificação e uso de documentos falsos, corrupção ativa e passiva, previstos nos artigos 298, 304, 317 e 333 do Código Penal Brasileiro, além de posse ou porte ilegal de arma de fogo descrito no Estatuto do Desarmamento (Lei nº 10.826/2003) e associação criminosa”.
Investigação
A primeira fase do inquérito policial foi deflagrada em 17 de setembro de 2021. Na época, foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão em Teresina. As investigações da operação tiveram início ainda no ano de 2020.
De acordo com a Polícia Federal, o nome “Restituere” significa “restituir por inteiro” e “devolver a coisa no seu estado primitivo”, indicando o objetivo principal das investigações: recuperar as armas adquiridas por meio fraudulento.
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