Empresário e advogado suspeitos de assassinar adolescentes confessam autoria do crime, em audiência

No dia 15 de dezembro de 2021, Luian Oliveira (16 anos) e Anael Natamn foram encontrados mortos em uma região de mata na PI-112, entre a capital e o município de União

 

 

Luian Oliveira (16 anos) e Anael Natamn (17 anos) foram encontrados mortos em Teresina (foto: arquivo pessoal)

A audiência de instrução e julgamento dos suspeitos de envolvimento na morte dos adolescentes Luian Ribeiro de Oliveira, de 16 anos, e Anael Natamn Colins, de 17, foi retomada na manhã desta sexta-feira (05) no Tribunal de Justiça do Piauí (TJPI). Durante a sessão, os réus, o empresário João Paulo de Carvalho Gonçalves Rodrigues e o advogado Guilherme de Carvalho, confessaram a autoria do crime.

Ao todo, seis testemunhas informantes e réus foram ouvidas nesta sexta-feira em Teresina. Na quinta-feira (4), outras 12 pessoas prestaram depoimento.

No dia 15 de dezembro de 2021, os dois adolescentes foram encontrados mortos em uma região de mata na PI-112, entre a capital e o município de União. Segundo a Polícia Civil, eles invadiram o sítio do servidor público e pai de Guilherme, Francisco das Chagas, de 70 anos, no dia 12 de novembro, com a intenção de entrar em uma festa que acontecia no terreno ao lado.

No momento em que contavam suas versões, João Paulo e Guilherme, que são primos, confessaram agir em legítima defesa. Eles também disseram que o dono do imóvel foi agredido pelos garotos.

Guilherme assumiu ter realizado os disparos com uma arma de fogo, que pertence ao empresário João Paulo.

O terceiro réu, Francisco das Chagas, pediu dispensa da audiência por questões de saúde. nova data para que ele preste depoimento ainda não foi divulgada.

Em fevereiro deste ano, o idoso foi preso. No entanto, teve prisão domiciliar concedida devido ser hipertenso e portador de arritmia ventricular.

Ainda em audiência, os advogados de defesa solicitaram uma nova perícia, além dos dois réu, presos desde o dia 8 de fevereiro deste ano, até o julgamento. O juiz, no final da sessão, forneceu um prazo para alegações finais. Somente depois, ele definirá se o caso será ou não julgado pelo Tribunal Popular do Júri, que julga crimes contra a vida.

João Paulo, Guilherme e Franciso das Chagas podem responder pelos crimes de duplo homícidio triplamente qualificado (emprego de meio cruel, tortura e impossibilidade de defesa das vítimas), cárcere privado, ocultação de cadáver e fraude processual.

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