Wesley Igor Gomes*
wesleygomes@tvclube.com.br
Em apenas um dia do mês de agosto, o Piauí registrou 101 focos ativos de incêndio. Preocupado com a intensificação desse quadro, o Ministério Público do Piauí (MP-PI) entregou, na última quarta-feira (03), uma solicitação dirigida ao Corpo de Bombeiro para a reativação do Comitê Estadual de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais e Controle de Queimadas.
A promotora Áurea Madruga contou ao Portal ClubeNews que o Comitê é um importante instrumento que atua de forma interinstitucional, ou seja, conta com a participação de vários órgãos na prevenção dos incêndios. Entre eles, estão a Secretária de Estado da Educação (Seduc), Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi), a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
“Estão envolvidos todos os órgãos que de uma certa maneira podem agir nessa prevenção e atuação. A gente sabe o quanto isso (incêndios e queimadas) chega na saúde das pessoas, o quanto tem a sua repercussão, o quanto isso chega na questão das propriedades e das roças”, disse a promotora.
De acordo com dados do Programa Queimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, em apenas quatro dias, o mês de agosto registrou 129 focos ativos, enquanto em 2021, o mês apresentou um total de 12.745. É a partir desta época que o ar apresenta uma baixa umidade, além de altas temperaturas.
“Estamos numa ascendência quanto a isso. Se faz necessária uma atuação do Comitê para se promover um planejamento, para tomar medidas e que isso esteja coordenado. Há a previsão de reuniões bimestrais, justamente, é até comum em situações normais e até em situações extraordinárias”, explicou Áurea Madruga.
Comparação do total de focos ativos detectados pelo satélite de referência em cada mês, no período de 2017 até 04/08/2022 (Foto: Programa Queimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais)
Por fim, a promotora explicou que um das principais preocupações é que este ano ultrapasse os índices de focos de incêndio ativos do ano passado, que apresentou um total de 5.469. “Não queremos isso para este ano, atingirmos novamente esses patamares, mas os números estão crescentes e precisamos ter essa atuação para planejar-se uma atuação preventiva, mais do que tudo, e também como atuar em casos de crises. Em especial, também, uma atuação ordinária da educação ambiental”, destacou a promotora.
*Sob supervisão da jornalista Malu Barreto
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