Wesley Igor Gomes*
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Na correria do dia a dia, o ser humano é condicionado a vários eventos que podem alterar o seu estado emocional, levando, assim, a alterações no funcionamento do intestino. Se sentir triste e ansioso, por exemplo, pode causar problemas de saúde como azia e prisão de ventre, é o que explica o médico psiquiatra Vicente Gomes.

Vicente Gomes esclarece que o intestino possui um sistema nervoso próprio que se comunica, utilizando ramificações, com o cérebro; por isso, a ligação com o estado emocional.

“Quando a pessoa está um pouco nervosa, ansiosa, ela tende a ter o intestino preso ou solto, ter um pouquinho de azia. Essa relação já existe. Hoje, a gente sabe que há uma via de mão dupla entre cérebro, mente e intestino”, disse.

Estresse, irritabilidade, ansiedade e a depressão podem modificar a chamada microbiota, que se refere a um conjunto de microrganismos – vírus, bactérias, fungos etc. – que ficam no intestino. Ela é responsável por manter a integridade da mucosa e controlar a proliferação de bactérias patogênicas, essas são consideradas perigosas.

Gastro

O psiquiatra Vicente Gomes destacou que, antes de qualquer diagnóstico relacionado à saúde mental, é importante que a pessoa que esteja passando  por algum desconforto estomacal seja acompanhada por um médico gastroenterologista. Ele ainda reforça a importância de realizar exames e, se necessário, tratamentos específicos.

“Se a coisa persistir, tiver um fundo emocional, a pessoa está um pouco irritada, nervosa, ansiosa, não está conseguindo lidar com alguma coisa do dia a dia, aí sim, se persistir após avaliação do especialista na área, deve-se procurar um especialista na área de saúde mental”.

Além disso, uma alimentação saudável – rica, especialmente, em fibras -, prática de exercícios e uma boa qualidade do sono são fatores que podem ajudar não somente no estado emocional, como no funcionamento do intestino. O médico comenta, também, que hábitos como esses devem ser adotados antes mesmo de um diagnóstico realizado por um especialista em saúde mental. 

*Sob supervisão da jornalista Carlienne Carpaso

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