
Kelvyn Coutinho*
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Após um ano da aprovação do projeto na Câmara Municipal de Teresina, o serviço Táxi-Lotação ainda não entrou em prática. O autor do projeto, vereador Leonardo Eulálio (PL), declarou na época que o serviço seria uma alternativa sustentável para a locomoção na capital e uma forma de mitigar os efeitos da crise do transporte coletivo.
Enquanto o projeto não sai do papel, a população continua relatando problemas para se deslocar na cidade, alegando que a quantidade de ônibus circulando não é suficiente para atender a demanda.
“Sempre que pego o ônibus, está lotado e, às vezes, tem a questão da demora. Porque se eu não consigo pegar um, eu espero 30 até 40 minutos para pegar o outro. É sempre essa demora, essa superlotação para ir e voltar da universidade, principalmente [a linha] 401, que não tem um horário que ele está vago, ele sempre está cheio e muitos alunos não conseguem pegar ele”, contou a estudante Aline Libânio.
O táxi-lotação surgiu como uma alternativa para evitar a superlotação e a demora, mas a regulamentação do projeto não aconteceu. De acordo com o Sindicato dos Taxistas de Teresina, o projeto passa por trâmites internos na prefeitura, que realizou uma consulta pública para ouvir os passageiros sobre a implantação do projeto.
“A aprovação foi quase unânime, cerca de 98%. A população aprova o táxi-lotação, a população precisa do táxi-lotação e nós estamos aqui dispostos a ajudar, como já foi dito outras vezes. O taxista quer ajudar porque também é bom para o taxista, então o que é bom para os dois lados termina sendo bom para todo mundo”, afirmou Neilton Andrade, presidente do sindicato.
“Queremos deixar bem claro que isso não vai custar absolutamente nada para a prefeitura. Então, para fazer irregular, já existe, mas nós queremos ser regularizados, queremos estar dentro da lei”, completou Neilton.
Enquanto não é encontrada uma solução, os atrasos, a superlotação e os ônibus quebrados continuam fazendo parte da rotina de quem depende do transporte coletivo da capital.
“A gente fica mais de uma hora esperando o ônibus, eu, por exemplo, entro no meu trabalho 9h, tenho que sair duas horas antes, eu acho que é um descaso por parte do poder público. Tem o sofrimento muito grande da população, mas a gente não vê ninguém fazendo nada”, disse a assistente administrativa Jucelene Araújo.
Procurada pela reportagem para comentar o assunto, a assessoria de imprensa da Prefeitura de Teresina não se pronunciou.
*Estagiário sob supervisão da jornalista Malu Barreto.
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