Algumas crianças desenvolvem alergia à proteína do leite e por conta desse problema, só podem consumir um tipo de leite especial, que para parte da população, é muito caro.
A Prefeitura de Teresina é responsável por disponibilizar o produto para que mães com baixa renda possam alimentar seus filhos, mas o alimento está em falta há cerca de três meses na capital.
Railline Andressa, mãe do pequeno Davi, de 9 meses, revela que precisou diminuir e trocar a alimentação do filho por conta da falta de leite. “Está sendo muito difícil por conta que ele necessita muito desse leite. Estou tentando, durante o dia, dar mais a papa de frutas e sopa de legumes e, durante a noite, estou dando o leite mesmo por conta que ele acorda de madrugada duas vezes para tomar leite”, comenta.
A fórmula do produto contém proteínas que ajudam a reduzir os danos do problema alérgico, como um tratamento, mas com a falta desse composto, fica ainda mais difícil esse processo. “Eu fico em desespero, o problema que ele tem é uma alergia e essa alergia é o leite que trata, então quanto mais e tomar esse leite, mais rápido era a cura e quanto mais ele tomar outro leite inadequado mais vai entardecer esse resultado positivo que eu queria”, revela.
A nutricionista Kamila Alencar destaca que o leite também é importante para a criança não ter déficit nutricional. “É super importante pro desenvolvimento da criança, ganho de peso, desenvolvimento dos ossos, cognitivo, é importante para a nutrição, também, para não sofrer déficit de minerais, ferro, zinco, até de vitamina C”.
Os leites são entregues na sede da Fundação Municipal de Saúde, no bairro Primavera, zona norte de Teresina. Nas farmácias a fórmula alimentar pode ser encontrada por até R$ 300. Por conta de Railline morar distante, a avó de Davi, Maria da Conceição, vai ao local quase todos os dias tentar receber o leite para o neto.
“A gente não sabe nem o que fazer, pois é muito caro e a criança precisa desse leite, principalmente à noite, ele (Davi) não consegue dormir sentindo falta do leite, ela (Railline) tem que diminuir as mamadas por não ter condição. Já vi uma mãe chegar chorando dizendo estar na segunda lata que pedia dinheiro aos parentes para pode comprar. São crianças que têm problemas e dependem desse leite”, diz Conceição.
Em resposta ao portal ClubeNews, a assessoria da FMS informou que a “licitação da referida fórmula já está na fase final, que a parte de assinatura dos contratos”, mas não deu previsão de quando o órgão vai receber um novo lote para atender a demanda.
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