Thálef Santos*
thalefsantos@tvclube.com
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Um estudo inédito realizado pelo instituto de Transporte da Virgínia Tech (nos Estados Unidos) alerta que motoristas com algum desequilíbrio emocional, seja tristeza, raiva ou medo, devem evitar os perigos do volante no trânsito. Segundo o estudo, dirigir com o estado emocional visivelmente alterado aumenta as chances de acidente em quase 10 vezes. Para sensibilizar a população sobre o perigo, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) realiza a recomendação nas redes sociais.
A publicação da PRF, questiona o público. “Como ficaria sua capacidade de dirigir logo após o falecimento de uma pessoa próxima, de um desentendimento familiar ou do fim de um relacionamento”? De acordo com o órgão, dirigir vai além da habilidade motora; inclui regras de comportamento.
Sobre este tipo de situação, o médico psiquiatra Dr. Vicente Gomes informa que a pessoa deve evitar qualquer atitude, qualquer situação, após um desequilíbrio emocional, e principalmente dirigir. “O trânsito é algo que normalmente pode levar a pessoa a um nível maior de estresse, seja por excesso de veículos, uma manobra indevida, enfim, várias situações que favorecem o estresse”.
O médico conta que a emoção mais perigosa no volante é a raiva que traz ao condutor atitudes de impulso. “Ele acaba não medindo consequências, ele não prevê riscos e tem atitudes impulsivas. Então, há um risco de se envolver em acidentes e atropelar alguém”, alerta.
Vicente Gomes lembra que você nunca sabe quem está do outro lado. “Principalmente neste momento que estamos com facilidade de adquirir armas, brigas de trânsito podem causar fins trágicos aos motoristas em situações que muitas vezes podem ser evitadas”, destaca.

*Sob supervisão da jornalista Carlienne Carpaso.