
A disputa por uma das 10 vagas na Câmara dos Deputados será acirrada nas eleições 2022. Mirando um lugar na bancada piauiense do Congresso Nacional, 177 candidatos colocam o nome à disposição do eleitor neste pleito. O percentual mostra a concorrência de 17 nomes para cada vaga. Em 2010, somente 117 nomes participaram da disputa.
O Portal ClubeNews conversou com o cientista político Vitor Vasquez, nesta quarta-feira (28), que explicou a estratégia implementada pelos partidos. Segundo ele, historicamente, as legendas consideram o cargo de deputado federal mais importante por conta do ‘nível hierárquico’.
O fato também se dá quando são consideradas as regalias atribuídas a cada partido quando elegem representantes na Câmara: maior tempo de propaganda na televisão e rádio, recursos do fundo eleitoral e participação nos debates para os cargos majoritários.
“Considerando o número de candidatos por número de vagas, a Câmara tem um histórico de ser mais competitiva do que as Assembleias Legislativas. É interessante porque isso tem a ver com o peso que os partidos dão a esse cargo, porque o deputado federal é mais importante do ponto de vista de uma hierarquia de cargos. Os partidos vão ter um maior investimento para essa disputa”, esclareceu.
Novas regras

O número de candidatos por vaga ao cargo de deputado federal é o maior desde 2010. Há 12 anos, o Piauí tinha direito a apenas oito cadeiras no Congresso. Na eleição seguinte, em 2014, o quantitativo caiu para 112 e no ano de 2018 atingiu a marca de 143 candidatos.
Vitor Vasquez explicou que a participação de mais agentes políticos tem a ver com o fim das coligações proporcionais, ainda nas eleições municipais de 2020.
Isso significa que os partidos precisam lançar mais candidatos para atingir o cociente eleitoral e, assim, eleger seus postulantes. “Isso faz com que o custo de candidatura aumente porque o partido que antes conseguia atingir o cociente eleitoral coligado com outros partidos agora tem que atingir esse cociente sozinho”, disse.
Renovação
Dentre os deputados eleitos pelo Piauí em 2018, apenas Iracema Portella (Progressistas) não concorrerá à reeleição. Ela compõe a vaga de vice na chapa do candidato ao Governo, Sílvio Mendes (União Brasil).
Na avaliação do cientista político, a presença de mais nomes na disputa não colabora com a ideia de renovação na bancada piauiense e que os atuais nomes saem com vantagem na concorrência.
“Quem está se candidatando à reeleição tem chances grandes de conquistar a vaga por ser um nome conhecido pelo eleitor. É uma candidatura que é competitiva. As novas, a gente não sabe o quanto são competitivas”, finalizou.
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