O Conselho Regional de Medicina do Piauí (CRM-PI) fiscalizou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de Teresina e constatou, na tarde de quinta-feira (13), a falta de viaturas para atender a população, a ponto das equipes precisarem fazer revezamento dos veículos.

De oito ambulâncias, ontem, no momento da fiscalização, pelo menos quatro ambulâncias estavam quebradas e sem rodar; outras duas estavam no pátio a espera de reparos. Com isso, apenas três estavam em funcionamento.

O médico fiscal do CRM-PI, Juarez Holanda, disse em entrevista ao Bom Dia Piauí, da TV Clube, que as denúncias envolvendo o atendimento pelo Samu são recorrentes. As reclamações mais frequentes envolvendo a falta de veículos.

“Teve um agravamento na última semana. A gente recebeu denúncias: das oito unidades básicas, duas (estavam) funcionando. Das três unidades avançadas, apenas uma; as equipes ficavam se revezando”, disse.

O Samu Teresina também possui o serviço de “motolâncias” para atendimento mais rápido enquanto o carro não chega ao local da ocorrência. Das “motolâncias”, apenas duas funcionam. As outras já estão em oficina para conserto mecânico.

Durante a fiscalização, no pátio do Samu Teresina, tinha duas ambulâncias desmontadas sem previsão de retornar ao serviço. São quatro ambulâncias sem funcionar e duas paradas a espera de reparos.

Outro problema constatado é a falta de manutenção das ambulâncias que estão rodando, que não funcionam o ar-condicionado.

A fiscalização também aconteceu na Central de Regulação. “Ela encontrava-se em boa situação, não faltavam equipamentos, apesar da escassez de medicamentos”.

DEMORA NO ATENDIMENTO 

Juarez disse que outra reclamação é a descentralização das unidades do Samu, que não está sendo eficaz, pois a ausência de ambulâncias faz com que as equipes se concentrem em um único ponto. Por causa disso, as equipes levam mais tempo para chegar até o local da ocorrência.

A centralização das equipes em uma unidade faz com que o repouso das equipes fique prejudicado, pois o espaço pequeno não comporta adequadamente as equipes. Alguns funcionários precisam deitar em colhões no chão.

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