26 de agosto de 2025

HUT retoma captação de órgãos para transplante após seis anos

Thálef Santos

Publicado em 17/10/2022 16:00

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Equipe do HUT – Foto: arquivo/HUT

Thálef Santos*
thalefsantos@tvclube.com

O Hospital de Urgência de Teresina (HUT) retomou a captação de órgãos e tecidos para transplantes. A primeira operação aconteceu no dia 12 de outubro, após seis anos de suspensão.

Com essa primeira captação realizada no HUT, até cinco pessoas que aguardavam na fila para transplantes do Ministério da Saúde (MS) podem ser beneficiadas.

O doador foi um homem de 36 anos que após rigoroso protocolo para constatação da morte encefálica a família autorizou a doação dos órgãos.

Os rins, córneas e fígado do doador vão levar a esperança para pacientes em fila para transplante. Os rins e as córneas serão transplantados no HGV, enquanto o fígado foi para a rede nacional e já foi transplantado em um receptor compatível.

Após o procedimento que durou pouco mais de três horas, a família do doador recebeu o agradecimento dos profissionais da unidade.

A retirada dos órgãos foi realizada por uma equipe multidisciplinar do HUT por meio da Comissão Intra-hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (CIHDOTT), com apoio da equipe de médicos e profissionais da Central Estadual de Transplantes.

Com a reativação da Comissão em Junho desse ano, o HUT já registrou o acolhimento de 34 famílias de potenciais doadores.

ESPERANÇA

O diretor-geral do HUT, Fábio Marcos de Sousa, comenta que a CIHDOTT retornou há três meses e agora a primeira captação de órgão retoma o serviço do hospital. “Isso tem a perspectiva de aumentar o índice de aceitação por parte da família do processo de doação. Ficamos felizes, o resultado foi satisfatório. […] Esperamos que as famílias piauienses abracem a ideia”, afirma.

A falta do serviço para pacientes do HUT levava a realização de captação para o HGV, mas todo o transporte e movimentação de dados para outro hospital gerava burocracia e desanimava as famílias.

“Nós tínhamos a desistência que beirava 70%, ou seja, a cada dez familiares, sete desistiam. Porque esse deslocamento era desgastante emocionalmente para a família que acabava desistindo”, conta o diretor-geral do HUT.

“Agora com esse serviço no HUT aumenta bastante esse índice de aceitação porque as famílias mesmo na dor entendem que ainda podem prover ao próximo” finaliza.

Diretor-geral do HUT, Fábio Marcos de Sousa – Foto: arquivo ClubeNews

*Sob supervisão da jornalista Carlienne Carpaso.

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