O Ministério Público do Piauí, tomou conhecimento do caso da criança de 11 anos que foi espancada no último domingo (06), por integrantes de uma facção criminosa no município de Ilha Grande, distante cerca de 350 km de Teresina.

De acordo com o promotor de justiça Ruszel Lima, a menina não poderá continuar no município em que vive com a mãe, o padrasto e a irmã, por não ter garantia de segurança. E nem com o pai em Luís Correia por ele ter problemas com alcoolismo.

“Infelizmente essa menina não vai poder voltar pra casa. O conselho tutelar já nos procurou querendo levar a criança para um acolhimento, mas Ilha Grande não tem programa em funcionamento. Estamos desde ontem em contato com a secretaria assistência social de Ilha Grande para viabilizar o acolhimento em Teresina”, relata o promotor de justiça.

Além disso, Ruszel Lima, destaca que 97% das cidades do Piauí, não possuem abrigos para crianças em situação de vulnerabilidade.

O acolhimento só está disponível em Parnaíba e Piripiri, porém para atender demandas de suas cidades e apenas em Teresina que há um abrigo estadual e outro municipal.

Entenda o caso

Uma criança de 11 anos foi internada em estado grave no Hospital Estadual Dirceu Arvoverde (Heda), em Parnaíba, após ser espancada por membros de uma facção criminosa.

A mãe da criança registrou boletim de ocorrência e acusou duas adolescentes de 12 e 14 anos, que teriam agido como forma de vingança contra a irmã da criança.

“A irmã da criança, uma adolescente de 15 anos, estaria sendo ameaçada por membros da facção, caso ela não aparecesse eles iriam se vingar na menina e isso aconteceu”, afirma a conselheira Damiana da Paz, de Ilha Grande.