Um homem tentou invadir a ala de internação do Hospital de Urgência de Teresina (HUT) na segunda-feira (14) para ter acesso ao local onde estava Clemilson da Conceição Rodrigues, suspeito do assalto que resultou na morte de Débora Vitória, de seis anos. O suspeito foi retirado pela guarda do hospital e os policiais que acompanhavam o internado. A direção informa que o invasor se identificou como parente da criança vítima do assalto.
Clemilson já recebeu alta e deve ser levado para a Central de Flagrantes. O HUT afirma que a segurança será reforçada. Débora Vitória morreu baleada no abdômen na sexta-feira (11) durante um assalto. Um policial militar, que presenciou o caso, reagiu com disparos de arma de fogo. A mãe da criança conta que foi um disparo do oficial que causou a morte da filha.
A Polícia Civil investiga se o tiro que matou a criança partiu do PM.
INVESTIGAÇÃO
O PM suspeito foi ouvido pela delegada Nathália Figueiredo, do Núcleo de Feminicídio do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) na segunda-feira (14). Ele teve a arma apreendida para exame pericial de confronto balístico. Segundo o coordenador do DHPP, delegado Francisco Costa, o Barêtta, o exame vai esclarecer a dinâmica do acidente e apresentar se houve excesso na intervenção do oficial.
O CRIME
Dayane Gomes e sua filha Débora Vitória, de seis anos, foram atingidas por disparos de arma de fogo durante um assalto, no bairro Ilhotas, Zona Sul de Teresina. Dayane publicou nas redes sociais seu relato do caso e afirma que o policial estava bebendo em um bar próximo ao local, quando reagiu ao assalto. Para ela, o tiro que atingiu a criança teria partido do PM. A criança foi atingida no abdômen e faleceu, enquanto a mãe foi socorrida com um ferimento de bala na coxa.
O suspeito de assalto foi preso horas depois: Clemilson da Conceição Rodrigues, de 29 anos, nascido em Santa Inês, no Maranhão, e conhecido na região como Morcego. O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) alega que ele já responde por diversos crimes violentos: feminicídio, assalto, tráfico de drogas e porte ilegal de arma de fogo.
Ainda segundo o DHPP, Clemilson deveria estar usando uma tornozeleira eletrônica, mas o equipamento foi rompido.
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