22 de julho de 2025

Governo Federal zera as contas da Rede Federal e sinaliza novo bloqueio orçamentário, diz Conif

Carlienne Carpaso

Editora
Publicado em 29/11/2022 15:16

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Foto: IFPI

Após a informação de um novo corte de orçamento nas instituições federais de Ensino, o Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif), divulgou uma nota, na noite de segunda-feira (28), a 34 dias para o fim do governo Jair Bolsonaro (PL),  alertando que o Governo Federal deve zerar as contas da Rede Federal sinalizando para um novo bloqueio orçamentário.

A nota do Conif também foi publicada na página oficial do Instituto Federal do Piauí (IFPI). O documento pontua que o Governo Federal “por meio do Ministério da Educação (MEC), retirou todos os limites de empenho distribuídos e não utilizados pelas instituições, enquanto define um valor efetivo para o bloqueio orçamentário”.

O Conselho classifica a situação como “grave” porque afeta diretamente os recursos destinados à manutenção da instituição.

“Ao longo dos últimos anos não foram poucas as perdas, bloqueios e cortes. A situação é grave, pois, novamente, o cancelamento deve ocorrer nos recursos destinados à manutenção das instituições. Ou seja, a assistência estudantil, bolsas de estudo, atividades de ensino, pesquisa e extensão, visitas técnicas e insumos de laboratórios, por exemplo, devem ser afetadas. Tal situação deve impactar ainda em serviços de limpeza e segurança dos campi”, diz  trecho da nota (leia completa ao final da matéria).

Neste ano, o IFPI informou dois bloqueios no orçamento: o primeiro em junho e o segundo em outubro, ambos contabilizaram a redução de R$ 13,4 milhões.

LEIA NOTA NA ÍNTEGRA 

A Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica está prestes a sofrer um novo revés em seu já restrito orçamento. Há 34 dias para o fim do ano, o Governo Federal, por meio do Ministério da Educação (MEC), retirou todos os limites de empenho distribuídos e não utilizados pelas instituições, enquanto define um valor efetivo para o bloqueio orçamentário.

 No entanto, um bloqueio tão próximo ao final do ano –  com destaque para o fato de que o MEC estipulou que o prazo máximo para empenhar despesas é o dia 09/12-, é considerado como corte pelos gestores. Corte, uma vez que por essa regra, depois do dia 09/12 a instituição não poderá mais empenhar ou  terá que aguardar uma nova janela. Soma-se à isso a insegurança, caso o bloqueio vire um corte definitivo.

Ao longo dos últimos anos não foram poucas as perdas, bloqueios e cortes. A situação é grave, pois, novamente, o cancelamento deve ocorrer nos recursos destinados à manutenção das instituições. Ou seja, a assistência estudantil, bolsas de estudo, atividades de ensino, pesquisa e extensão, visitas técnicas e insumos de laboratórios, por exemplo, devem ser afetadas. Tal situação deve impactar ainda em serviços de limpeza e segurança dos campi.

Diante desse cenário dramático, o Conif reitera seu posicionamento de batalhar pela manutenção integral dos recursos das instituições, pois neste ano já foram cortados 184 milhões (jun/2022).

Por fim, o Conif e toda a Rede Federal aguardam o MEC oficializar o valor do corte e um posicionamento efetivo por parte do Ministério, na esperança de que esse novo indicativo não passe de um mal-entendido, ao tempo em que entende que é impossível fazer uma gestão eficiente diante de tanta instabilidade, ao prejudicar o que a Rede Federal tem de melhor – seus estudantes.

Brasília, 28 de novembro de 2022

Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif)

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