
A Fundação Municipal de Saúde (FMS) confirmou que já adota as providências necessárias para manter o atendimento aos pacientes em outros hospitais e maternidades, devido à interdição ética no Hospital do Buenos Aires, zona Norte, pelo Conselho Regional de Medicina (CRM), na manhã desta quinta-feira (01).
Os pacientes serão direcionados para três hospitais da zona Norte:
– Hospital Ozeas Sampaio, bairro Matadouro;
– Hospital da Primavera, no bairro Primavera;
– E Hospital Mariano Castelo Branco, na Santa Maria da Codipi.
“No caso de atendimento as gestantes, a orientação é que as pacientes sejam direcionadas a outras maternidades da cidade”, disse em nota.
O presidente da FMS, Gilberto Albuquerque, explica sobre os procedimentos nessa situação. “ Como a rede de saúde pública municipal tem vários hospitais; nesse momento, os demais hospitais da região Norte estão recebendo os pacientes. Já providenciamos reforço na equipe de profissionais para garantir a prestação dos serviços”.
O gestor explica, por exemplo, que para uma quantidade maior de leitos o hospital precisa de uma quantidade maior de equipamentos.
“Para ampliarmos os leitos precisamos dos equipamento e da adequação estrutural que já estamos providenciando. Existe essa despesa dos hospitais com os fornecedores; esse processo (de repasse da prefeitura) já está em fase final de conclusão. O prefeito (Dr. Pessoa) pediu celeridade; então, vamos agora à prefeitura para ver qual passo podemos dar sobre o atendimento financeiro imediato”, disse o presidente da FMS.
Gilberto Albuquerque garantiu que parte das pendências apontadas pelo Conselho Regional de Medicina já estão sanadas. “O relatório é de um pouco antes e já temos parte disso resolvido. O prefeito já está resolvendo. Em insumos, já estamos avançados, em equipamentos também. Basicamente, são estas as pendências e devemos ter isso em breve. Nesse período tem algumas adequações em termos de engenharia, mas serão realizadas logo”.
CADÊ A DIREÇÃO-GERAL DO HOSPITAL?
O CRM também reclama da ausência da direção-geral no hospital geral. “O indicativo de interdição ética foi do dia 1º de novembro e até hoje a gente não conheceu no conselho o diretor-geral. Até agora não se manifestou para gente. O último passo do Conselho é a interdição ética porque a gente entende que é uma procura muito grande pelo hospital. É um impacto para a população”, disse a vice-presidente do CRM-PI, Mirian Parente.
Sobre isso, a FMS esclareceu que a formação da direção-geral já está em “resolutividade”. “Começaremos em breve mudanças no hospital e atenderemos as exigências do CRM. Quem assumia as funções de direção era ‘Francisco’, uma pessoa indicada há algum tempo. É o segundo diretor que temos lá e atua há pouco mais de um ano”, disse Gilberto Albuquerque.
PROBLEMAS IDENTIFICADOS PELO CRM-PI:
– ausência frequente de soro fisiológico levando a transferências de pacientes, falta de administração e medicações que dependem da solução;
– tratamento inadequado de pacientes (necessidade de volume para tratamento eficaz sem realização por falta da solução), falta de tubo orotraqueais em estoque tamanho 7.5 e 8.0 (os mais usados em adultos);
– ausência de algumas medicações analgésicas e antibióticos, escala de neonatologia incompleta comprometendo a segurança dos recém-nascidos da maternidade, aparelhos de fototerapia antigos e com baixa eficiência;
– falta de luvas de procedimento em tamanho pequeno e médio, entre outros fatos enumerados no relatório técnico do CRM-PI.
LEIA MAIS
CRM faz interdição ética do Hospital do Buenos Aires e aponta falhas no atendimento
CRM e MPPI investigam morte de bebê no hospital Buenos Aires; pacientes serão realocados
Siga o Portal ClubeNews no Instagram e no Facebook.
Envie sua sugestão de pauta para nosso WhatsApp ou Telegram.