
Os pacientes que buscam por atendimento no Hospital Geral e a Maternidade do Buenos Aires contam que ficaram aliviados, na manhã desta sexta-feira (16), ao receber a notícia de que o Conselho Regional de Medicina do Piauí (CRM-PI) desinterditou a unidade hospitalar.
A partir de hoje, o local passa a atender normalmente à população que buscam atendimento no local, que é referência na zona Norte de Teresina. Mas, apesar do alívio, eles contam que é preciso que o serviço prestado seja de qualidade.
Gestante, Ana Clara foi à Maternidade Buenos Aires para uma consulta de rotina. Ela está em uma gestação de alto risco e ficou apreensiva com a suspensão temporária do atendimento. “Se uma fecha, outras podem fechar. A saúde da grávida, como fica? Do bebê também? Eu venho pedir socorro à maternidade. Fechada, é difícil”.
Apesar da reabertura para novos atendimentos, Ana Clara comentou ser preciso a presença dos profissionais de saúde. “É chegar e imediatamente ter pelo menos um médico para atender. É um alívio (estar aberto), mas é preciso ter médico. Uma vez cheguei sangrando e, no momento, não tinha uma médica para me atender porque a que tinha estava na sala de cirurgia, eu tive que ir para a Maternidade Evangelina Rosa”.
Ficar esses dias sem atendimento no Buenos Aires foi difícil, comentou a manicure Juliette Dourado, que levou sua filha – bebê – para uma consulta. Ela comentou que a distância atrapalhou porque precisa busca por uma unidade longe da sua residência e nem sempre tinha transporte disponível. “Foi um alívio ter voltado”.
15 DIAS DE INTERDIÇÃO
Em nota, o CRM-PI informou que averiguou todos os setores do hospital, para conferir relatório enviado ao Conselho pela direção-geral do hospital, apresentando soluções dos problemas que culminaram na Interdição Ética Parcial da unidade, gerida pela Prefeitura Municipal de Teresina.
“Após 15 dias de interdição, o Conselho avaliou cada item e decidiu, em reunião plenária extraordinária, pela desinterdição do hospital, devido ao cumprimento das irregularidades descritas nas duas últimas fiscalizações. A partir desta sexta-feira (16), a unidade voltará a atender normalmente”.
O diretor-geral do Hospital, Autêncio Queiroga, disse que a unidade atendeu principalmente as solicitações apontadas pelo relatório do CRM-PI. Veja ao final os pontos detalhados.
“As maiores providências tomadas foram as que constavam no relatório de vistoria do CRM, no que diz respeito à quantidade de materiais e medicamentos suficientes para o hospital permanecer funcionando e as escalas de neonatologia do mês de dezembro foram fechadas. Além disso, foi solicitada a volta de todos os profissionais remanejados para que o Hospital do Buenos Aires e a Maternidade funcionem normalmente”, disse.
SOLUÇÕES
– As escalas médicas estão completas para todo restante do mês de dezembro, incluindo de neonatologistas, que foram um dos principais problemas de pessoal resultantes da interdição.
– Foram adquiridos berços de fototerapia e uma balança digital para a maternidade, itens que estavam em falta e comprometiam o atendimento aos recém-nascidos.
– O hospital também comprou um aparelho de raio-x e o capnógrafo, utilizado no centro cirúrgico.
– Houve a regularização na quantidade de leitos de pediatria, foi solucionado o problema dos banheiros de repouso médico, bem como a sinalização de acesso nos pisos.
A vistoria de avaliação foi conduzida pelo presidente do CRM-PI, Dagoberto Barros da Silveira, pela vice-presidente, Mírian Palha Dias Parente, e pela secretária geral, Ana Cláudia Louçana.
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