
Jonas Carvalho
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Após a renúncia de Rejane Dias (PT-PI) ao mandato de deputada federal, o Piauí ficará sem representantes femininas na Câmara dos Deputados, no mandato 2023-2026, após 20 anos. Rejane Dias foi indicada pelo governador Rafael Fonteles (PT-PI) para assumir a vaga de conselheira do Tribunal de Contas do Estado (TCE-PI).
A última vez que o estado não teve representante na Câmara foi em 2003, quando a única deputada federal pelo Piauí, Francisca Trindade (PT), morreu aos 37 anos enquanto discursava na Conferência Estadual da Apicultura e Pesca.
Trindade é, até hoje, a mulher mais votada da história da política piauiense: mais de 165 mil votos. Em seu lugar, quem assumiu foi o primeiro suplente do PT, Nazareno Fonteles – pai do atual governador do Piauí, Rafael Fonteles.
A presença absoluta de homens no parlamento prevaleceu nas eleições de 2006, quando o estado não elegeu nenhuma mulher para a bancada federal. Naquela época, somente três mulheres foram candidatas à Câmara. A mais bem votada foi a candidata do PMDB, Sammy Bona, que recebeu 773 votos.
Indicadores em queda
Na Câmara dos Deputados, o Piauí tem direito a 10 vagas, conforme a proporcionalidade da população. Desse total, em 2018, quatro cadeiras foram ocupadas por mulheres – o maior número já registrado. No ano de 2014, duas mulheres foram eleitas e, em 2010, somente uma logrou êxito.
Em 2022, novamente, apenas uma mulher conseguiu o feito de representar o estado na Casa Legislativa. Mas, com a saída de Rejane Dias, quem assume é o primeiro suplente do PT, Merlong Solano.
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