8 de julho de 2025

MPPI investiga exoneração de mais de 3 mil funcionários da Alepi

Redação

Publicado em 16/01/2023 11:30

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Assembleia Legislativa do Piauí (Foto: Jonas Carvalho/ Portal ClubeNews)

Emanuel Pereira e Naã Furtado (TV Clube)*
emanuelpereira@tvclube.com.br

O Ministério Público do Piauí e o Ministério Público de Contas investigam o alto número de exonerações da Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi) para apurar possíveis irregularidades.

O Presidente interino da Alepi, deputado Franzé Lima (PT), exonerou mais de 3.500 funcionários comissionados, cargos ocupados de forma transitória por funcionários públicos nomeados por deputados. A apuração é da TV Clube com reportagem divulgada pelo Bom Dia Piauí.

Segundo o promotor de Justiça, Francisco de Jesus Lima, mais de trinta ações foram ajuizadas contra a Alepi por conta de cargos comissionados em 2022, mas esses funcionários deveriam exercer a função somente por meio de concurso público.

Além disso, o promotor destaca que, se for constatada irregularidades na nomeação, gestores e comissionados vão ser responsabilizados.

“A regra constitucional é do concurso público. Por isso, o Ministério Público requisita nominalmente todos os funcionários exonerados, para saber se houve alguma irregularidade nessas nomeações. Caso isso seja constatada, serão adotadas as medidas legais, quais sejam: o ressarcimento ao erário e a responsabilização civil, penal e administrativa dos gestores”, disse.

O relatório de gestão fiscal publicado pela Alepi, referente ao ano de 2020, o Legislativo gastou R$ 187.289.598,30 (cento e oitenta e sete milhões duzentos e oitenta e nove mil quinhentos e noventa e oito reais e trinta centavos) com funcionários comissionados. Por esta razão, o Ministério Público de contas está fiscalizando a folha de pagamento da Alepi.

“Já existe auditoria em andamento para fiscalizar a folha de pagamento da Assembleia, buscando uma análise de quantidade de cargos em comissão e saber se esse número está ou não conforme a lei.  Com base nesta auditoria, no parecer do Ministério Público e no julgamento dos Tribunais de Contas. A partir de então, há três possibilidades de julgamentos: a regularidade das contas, a regularidade com ressalvas e irregularidades graves”, afirmou o Procurador Pinheiro Júnior.

O QUE DIZ A ALEPI

A direção da Assembleia Legislativa do Piauí informou que isso se trata somente de um ato da mesa diretora. Por isso, não haverá posicionamento nem nota a respeito do caso.

*Sob supervisão da jornalista Carlienne Carpaso

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