
Kelvyn Coutinho*
kelvyn@tvclube.com.br
A premiação de Melhores do Ano 2022 da Federação Internacional de Judô tem uma representante piauiense entre os indicados. Sarah Menezes foi indicada na categoria Coaching Achievement – traduzido pela Confederação Brasileira de Judô (CBJ) como Melhor Treinador – pelo seu trabalho como treinadora, juntamente com Andrea Berti.
Segundo a CBJ, juntas, Sarah e Andrea levaram o Brasil a conquistar 32 medalhas na temporada, sendo 13 ouros, 7 pratas e 12 bronzes. O maior destaque foram os dois títulos mundiais de Mayra e Rafaela, além da prata de Beatriz Souza, que foi o melhor resultado da história da seleção feminina em mundiais.
“Eu fiquei super feliz quando soube da notícia. É incrível e desafiador esse prêmio, mais um objetivo conquistado na minha carreira. As atletas já chegam nas nossas mãos pronta, apenas orientamos para ter sucesso no tatame”, disse a judoca piauiense.
Os resultados do judô brasileiro em 2022 renderam indicações também nas categorias Female Athlete of the Year e Rising Star – Atleta Feminina do Ano e Atleta Revelação em português.
Campeãs mundiais em 2022, Mayra Aguiar e Rafaela Silva foram indicadas na categoria Atleta Feminina do Ano. Elas concorrem com Uta Abe (Japão), Barbara Matic (Croácia) e Romane Dicko (França). Entre as mulheres, o Brasil é o país com o maior número de indicadas.
Mayra chega forte graças ao seu tricampeonato mundial, feito inédito no judô brasileiro entre homens e mulheres, e que representa a constância da judoca entre as melhores do mundo ao longo da década. Em 2022, ela conquistou ainda ouro no Pan-Americano, prata no Grand Slam de Tbilisi, e bronzes no Grand Prix de Zagreb, Grand Slam da Hungria e no World Masters, terminando o ano em primeiro lugar no ranking mundial.
Rafaela, por outro lado, teve como principal feito seu ressurgimento após dois anos sem competir. Começou 2022 como número 175 do mundo e terminou como a sexta melhor no ranking mundial. Isso graças às medalhas conquistadas no Grand Prix de Portugal (ouro), Pan (bronze), Tbilisi (bronze), Hungria (prata), Córdoba (ouro) e o bicampeonato mundial, em Tashkent. Ficar dois anos sem praticar judô e voltar sendo a melhor do mundo é, possivelmente, um feito sem precedentes na história do judô. Por isso, Rafa chega também como uma forte candidata ao prêmio de melhor atleta de 2022.
A seleção masculina teve 34 medalhas na temporada (12 ouros, 9 pratas e 13 bronzes) e também teve um representante entre os indicados. Guilherme Schimidt concorrerá na categoria Rising Star, algo como atleta revelação. Em seu primeiro ano no Circuito Mundial adulto, o brasileiro conquistou dois títulos de Grand Slam, vencendo os principais nomes da categoria até 81kg e terminou o ano como número 4 do mundo.
A votação é online e já está aberta no portal da Federação Internacional de Judô awards.ijf.org. O processo de escolha se encerrará no dia 31 de janeiro e os vencedores serão anunciados no Grand Slam de Paris, no dia 5 de fevereiro.
*Estagiário sob supervisão da jornalista Malu Barreto.
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