27 de julho de 2025

Síndrome Sensorial: entenda a condição de Bless, filho de Gio Ewbank

Redação

Publicado em 28/01/2023 19:00

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Giovanna Ewbank falou sobre o diagnóstico de Transtorno de Processamento Sensorial (TPS) do seu filho Bless. (Foto: Redes Sociais)

Isadora Cavalcante*
portalclubenews@tvclube.com.br

O desabafo da apresentadora Giovanna Ewbank durante o podcast “Quem Pode, Pod”, na última terça-feira (24), sobre o diagnóstico de Transtorno de Processamento Sensorial (TPS) de seu filho Bless, de 8 anos, despertou o alerta em pais e mães sobre o comportamento de seus filhos na infância.

Sobre o assunto, o Portal ClubeNews conversou com Camila Barbosa, terapeuta ocupacional, que explicou sobre como funciona a Transtorno, também conhecido como Disfunção de Integração Sensorial (DIS), além de pontuar como os responsáveis podem detectar sinais do transtorno em sua criança.

O que é o Transtorno de Processamento Sensorial?

“Integração sensorial é o processo neurobiológico que permite o processamento, organização e interpretação de maneira eficiente no ambiente. Quando isso não acontece, o indivíduo apresenta o que, hoje, é descrito de função do processamento sensorial. Por exemplo, a criança chega em um ambiente onde tem muitos estímulos, ela não vai conseguir processar todos esses estímulos, então ela não vai dar uma resposta adequada a essas dessas informações que ela está recebendo”, conta a terapeuta sobre o TPS.

Sobre o diagnóstico, Camila Barbosa explica que, ao notar traços do transtorno presentes na infância, pais ou responsáveis devem se direcionar ao profissional capacitado para receber as recomendações adequadas a cada paciente.

“O profissional capacitado para avaliar e tratar uma criança é o terapeuta ocupacional com formação também em integração sensorial. O diagnóstico é clínico, a gente possui algumas avaliações que elas podem ser utilizadas a partir de certa idade, algumas são com 5, outras, são com 6 anos. Mas quando a criança é mais nova que isso, a gente costuma dizer que existem sinais de riscos para disfunção de sensorial. Então é indicado o início das intervenções”, explicou Camila Barbosa.

Quais os sintomas?

No caso de Bless, a mãe percebeu que ele estava muito distraído na época da pandemia – a partir de 2020 – e a sensibilidade a estímulos externos, como pisar na grama e reclamar de odores fortes, aumentou. Estes são alguns dos indícios de que a criança pode ter o Transtorno do Processamento Sensorial.

“A criança já está com a idade maior, mas continua levando tudo a boca, brinquedos, objetos. Passando a língua nos móveis, a criança tem dificuldade em caminhar descalço na terra, na grama, ela tem muita repulsa. Crianças com seletividade alimentar, então elas comem um tipo de alimento ou só um tipo de textura. Fica muito focada em luzes, deixa a criança agitada. Na hora dos parabéns a criança tapa o ouvido e chora. Então são muitos estímulos”, comentou a terapeuta ocupacional.

Sinais

“Uma criança que pode ter dificuldade em brincadeiras de parquinho, em brincadeiras de subir, descer, atividades de movimento, ela pode ficar mais isolada dos amigos e evitar manter o contato visual ou assiste televisão de cabeça baixa. Na escola ela pode ter dificuldade para copiar e cola do quadro. Então precisa passar pela avaliação do terapeuta ocupacional.”, pontua a profissional.

Dúvidas

Para o ClubeNews, a terapeuta fala sobre dúvidas frequentes de pais sobre crianças que possuem o diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista (TEA) e se isso afeta ou cria a possibilidade do desenvolvimento da Disfunção de Integração Sensorial (DIS).

“Nem toda criança que possui TEA vai ter disfunção de integração sensorial. Mas muitos estudos já comprovam que tem uma probabilidade bem grande desta criança ter uma disfunção de integração sensorial e pode acontecer isoladamente, tanto o indivíduo pode ter a DIS isoladamente, quanto pode ter TEA também sem ter DIS. Por isso é necessário a avaliação do terapeuta ocupacional.”, finalizou Camila Barbosa.

*Estagiária sob supervisão da jornalista Malu Barreto.

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