
O funcionário preso e investigado pelo furto de R$ 1,2 milhão em Teresina era gerente substituto da agência bancária, onde trabalhava desde a sexta-feira (27). Ele aproveitou a rápida passagem pelo cargo de gerente substituto para cometer o crime. Ao assumir a gerência na última sexta-feira (27), ele passou a ter posse a uma chave que dava acesso a um dos cofres do banco, localizado no Centro da capital piauiense.
“É que na última sexta-feira e nessa última e ele era gerente substituto e substituindo a titular na última sexta e na última segunda-feira. Então no decorrer desses dois expedientes tinha mais acesso, inclusive um acesso direto ao cofre da agência bancária”, informa o delegado Charles Pessoa, do Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Greco), da Polícia Civil do Piauí.
Até o momento, não há informação se o saque milionário ocorreu de uma só vez ou gradualmente. O Suspeito foi interceptado em um carro a no estado do Ceará, na cidade de Camocim, por policiais militares cearenses. No veículo foram encontrados 10 mil reais em uma sacola e a chave de um dos cofres bancários. Na residência do funcionário, em Teresina, foram encontrados mais R$ 30 mil e a família afirmou não ter ciência do crime.
O valor de mais de um milhão foi estipulado em desfalque dos cofres pela própria agência. Antes da fuga, o banco informou à Polícia de que um funcionário não foi trabalhar com a suspeita de um sequestro, “em que ele foi coagido a subtrair uma determinada quantia em dinheiro para repassar aos criminosos, disse o delegado.
Assim, a polícia iniciou a investigação na manhã da terça-feira (31) e, logo, foi descartada a hipótese do funcionário ser vítima de um sequestro. Interrogado após a prisão pelo crime de peculato, o suspeito não soube informar a origem do dinheiro e acusou sofrer de “problemas psicológicos”, mas a investigação já continha provas suficientes para a prisão.
“A gente não pode afirmar, porém, não podemos também descartar isso. A gente só vai trazer essas respostas a esse questionamento com certeza no final da investigação”, disse o delegado. A Polícia também informa que o suspeito era um funcionário antigo.

O QUE É CRIME DE PECULATO?
Conforme o delegado, o Banco já fez boletim de ocorrência, no qual afirma que a contabilidade percebeu a falta superior a R$ 1 milhão no cofre da agência bancária.
O crime de peculato pune o funcionário público que em razão do cargo tem a posse de bem público, se apropria ou desvia o bem, para benefício próprio ou de terceiro. Ele está descrito no artigo 312 do Código Penal, que prevê pena de prisão de 2 a 12 anos e multa.
“Por isso, o funcionário foi autuado pelo crime de peculato e foi encaminhado para audiência de custódia no Ceará. Ele alega que tem problemas psicológicos e não lembra de quase nada, mas nós vamos continuar as investigações para apurar todos esses fatos. O banco deve nos enviar um relatório para informar a quantia exata que foi subtraída, se isso ocorreu apenas no expediente da segunda-feira ou se isso ocorreu ao longo de vários dias”, finalizou o delegado.
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