
Joaquim Santana, o avô da criança de dois anos que morreu atropelada quando brincava no parquinho de um condomínio em Timon, comenta como é trágico o menino falecer pelo que mais apreciava: carros. Em entrevista, Joaquim lembra que Álvaro Neto passava os fins de semana com o avô e assistia programas de carro durante todo o dia.
“Ele dizia: ‘vovô, carro vermelho. Carro amarelo’. Ele sabia as cores. E se deixasse, ele ficava o dia todo assistindo os programas de carro. Eram os preferidos dele, e acontece uma morte trágica de acidente de carro. Para você ver como é a vida”, disse Santana, emocionado, ao lembrar do netinho, em entrevista à TV Clube.
Após a tragédia, os pais da criança decidiram deixar o condomínio, onde tudo aconteceu. “Impossível morar lá. Estamos levando ela (mãe do Álvaro) para morar perto (dos pais), porque o consolo dela e do marido é estar perto da família”, completa Joaquim Santana.
Álvaro era filho único. O avô lembra que a criança conseguia a atenção de todos os familiares por onde passava. “Era ele quem comandava a família inteira. Quando ele chegava, todos deixavam os seus afazeres para estar com o Álvaro, porque era uma pessoa especial”.
RELEMBRE O CASO
O acidente aconteceu no dia 23 de janeiro de 2023. O delegado da Polícia Civil do Maranhão, Renato Cordeiro, responsável pelo caso, afirmou que a família estava muito abalada.
“No momento que ela estava lá no balanço, na cadeirinha, brincando com o Álvaro, ela ouviu um barulho de motor quando de repente, ela só viu aquele veículo acelerado e invadindo o parquinho. Ela não teve qualquer chance de reação. O veículo já foi muito acelerado e arrancou literalmente o balanço do playground onde as crianças estavam. Ela foi arremessada em direção a grade e o Álvaro com a outra adolescente ficaram debaixo do veículo”, conta o delegado.

A motorista responsável pelo atropelamento, prestou depoimento no último dia 27 de janeiro. A mulher afirma não lembrar o que aconteceu e responde o processo em liberdade.
A Polícia Civil trabalha com a hipótese de homicídio culposo e lesão corporal culposa na direção de veículo automotor.
Para fechar o inquérito, a equipe policial aguarda o laudo da perícia do local do crime e o laudo que analisou as condições mecânicas do veículo, dirigibilidade, aceleração, frenagem para se confirmar ou descartar eventual falha mecânica no veículo que tivesse contribuído para o acidente.
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