8 de julho de 2025

Venda de Opalas cresce 30% no Piauí após Nasa achar pedra em Marte

Thálef Santos

Publicado em 03/02/2023 16:43

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O empresário Kelson apresenta a matriz de Opala da coleção de família – Foto: Rede Clube

Comerciantes do município de Pedro II que atuam na venda da pedra preciosa Opala, encontrada apenas no Piauí e na Austrália, relatam o crescimento de 30% no comércio após a Nasa anunciar que a pedra foi encontrada no planeta Marte, em dezembro de 2022.

Muitas famílias da cidade vivem do garimpo e lapidação. A presença da pedra, exclusiva no local, levou ao município o destaque de segunda posição mundial nesta produção. O empresário Kelson Sousa explica que o estado piauiense é rico em olhos d’água, que auxiliam na formação da pedra preciosa.

“A Opala é formada por sílica, arenito e calcedônia, aqui temos a água em sua formação, mostrando o embelezamento da Opala”, afirma. Kelson entrou no ramo desde pequeno, quando aprendeu o comércio através do pai, que já trabalhava com a pedra. Até hoje, a venda, que se tornou internacional, sustenta toda a família do empresário.

O anúncio da Nasa foi uma esperança da chance de habitação do planeta, já que na composição desta rocha se encontra água. As Opalas têm várias cores: amarelo, verde, branco e, entre os mais vendidos, mosaico e dublê, por exemplo. Kelson revela que os modelos mosaico e dublê têm preços comerciais com peças que variam entre R$ 40 a R$ 200.

“Se falando de uma Opala com qualidade, da branca, polida, ela ultrapassa o valor do ouro. Hoje, temos exemplares que podem chegar em até R$ 500 a grama”, completa o empresário.

Opala branca – Foto: Rede Clube

De acordo com a Prefeitura de Pedro II, o garimpo e a lapidação movimentam cerca de R$ 5 milhões por ano na economia do município. Até o momento, somente 10% de toda a área foi explorada. O professor de Geologia, Érico Gomes, ressalta que deve haver uma melhoria na extração para fortalecer o comércio local.

“Não há um trabalho sistemático para dizer onde estão os rios, qual a profundida, espessura, extensão, para ter esse cálculo de reserva”, disse.

O secretário de turismo da cidade, Pedro Macedo, informa que 30% da produção é enviada ao exterior e o restante é comercializado no Brasil. “A gente tem hoje, em média, mil e quinhentas famílias que trabalham e se sustenta através da Opala. É um número muito elevado e a gente dá graças a Deus essa pedra ter vindo para cá porque é um sustento para várias famílias”, comentou.

Secretario de Turismo de Pedro II, Pedro Macedo – Foto: Rede Clube

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