
Emanuel Pereira*
emanuelpereira@tvclube.com.br
Teresina passou os últimos dois anos sem programação de Carnaval, em função da pandemia da Covid-19. As altas taxas de contágio e de mortalidade impuseram medidas restritivas, que impediram os foliões de brincar a festa mais popular do país.
Diante de tantas incertezas sobre a realização do Carnaval em 2023, alguns setores do comércio, como o de tecidos, optaram por não fazer tantos investimentos neste período.
O Paulo Gomes é gerente de uma loja de tecidos no Centro da capital. Acostumado a adquirir muitas mercadorias para a época carnavalesca, o profissional viu a empresa tomar uma atitude diferente este ano.
Em vez de investir em novidades, a loja optou somente por fazer reposição de entoque.
“Nós costumávamos fazer o planejamento para o Carnaval com até 4 meses de antecedência, porque a procura era muito intensa. Mas neste ano, não trouxemos nenhuma novidade em tecidos, apenas repusemos algumas poucas peças. O número de mortos por covid-19 nos assustou”, disse.
Segundo o gerente, pedidos em grande escala para o Carnaval não feitos desde 2020, quando iniciou a pandemia e o isolamento social. Mesmo com a ampla cobertura de vacinação e a flexibilização das medidas restritivas, o risco de uma nova onda de Covid-19 amedrontou a empresa.
“As vendas durante toda a pandemia, especialmente no isolamento social, foram muito reduzidas. Conforme os casos e as mortes aumentavam, a gente parava de pedir novos tecidos. Neste ano, nós permanecemos com o receio de investir, pois o vírus nunca foi eliminado”, relatou.
Como o fluxo de pessoas aumentou semanas antes do Carnaval, a loja escolheu repor o estoque de tecido que também vendem em outros períodos do ano.
“Alguns tecidos, como o cetim e o paetê, vendem durante o carnaval e, principalmente, nas festas juninas. A reposição do estoque vende ao longo de todo o ano”, pontuou.
*Estagiário sob supervisão da jornalista Malu Barreto
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