Carnaval é época de beijar na boca e “levada louca”, como canta Ivete Sangalo, mas não deve ser tão literal. Vale lembrar aos foliões a importância de tomar cuidado para não contrair infecções indesejadas. Algumas doenças podem ser transmitidas pelo simples beijo e algumas são conhecidas, como a herpes, sapinho, sífilis e HPV.

Para o alerta, o dentista Lívio Lages informa que beijar muitas bocas no Carnaval pode trazer problemas sérios. “Nossa saliva não é tão inocente como pensamos. Nela existe uma quantidade muito grande de vírus e a gente tem que se preocupar com esse tipo de problema”, explica.

Nos primeiros sintomas, é possível sentir uma ardência na garganta, inflamação, febre, “mas a mais conhecida é a mononucleose, conhecida como doença do beijo. Ela se torna mais transmissível porque é assintomática”.

Esta doença, por exemplo, é altamente transmissível pela saliva, como ressalta o dentista. “Nos sintomas iniciais parece um resfriado, uma gripe comum, mas a longo prazo, pode afetar o fígado, o baço e órgãos viscerais. O maior problema é que se pegar um vez você fica com ela para o resto da vida”, destaca Lívio Lages.

Com estas características, enquanto a pessoa não tiver conhecimento de que contém o vírus pode transmitir para outras pessoas. No tratamento, a pessoa deverá conviver com o vírus e controlar a carga viral para torna-la intransmissível. “Aí a cervejinha do fim de semana, do Carnaval fica prejudicada”, destaca o dentista.

Já para evitar essa e muitas outras doenças, Lívio Lages destaca que é preciso “evitar sair beijando a boca de qualquer um. Temos que conhecer as pessoas com quem nos relacionamos. […] Não dá para sair na loteria, como roleta russa”.

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