26 de julho de 2025

Economista esclarece aumento dos preços em combustíveis no Piauí e informa previsões

Thálef Santos

Publicado em 01/03/2023 18:40

Compartilhe:

 

Posto de Combustível – Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Thálef Santos*
thalefsantos@tvclube.com.br

Com a volta de impostos federais sobre a gasolina e o etanol anunciada na terça-feira (29) pelo ministro da fazenda, Fernando Haddad, os preços já começam a aumentar nas distribuidoras de combustíveis do Piauí.

O aumento, que deve ser em média de R$ 0,34 centavos, pegou de surpresa diversos motoristas ao abastecerem os veículos na manhã desta quarta-feira (1º). Isto porque após o anúncio, foi encontrado posto de combustível com aumento de até 70 centavos em Teresina, de acordo com o Programa Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon).

Mas e então, é abusivo ou não? Para entender melhor os valores, o professor de Economia, Sebastião Rocha, da Universidade Federal do Piauí (UFPI), em entrevista ao jornal Piauí TV 1, da Rede Clube, explicou que a medida é uma recomposição da alíquota diminuída nos meses anteriores na medida em que a Petrobras reduziu o valor médio da gasolina.

“A Petrobras reduziu em 13 centavos o valor médio da gasolina e o Governo aumentou em 47 centavos a alíquota correspondente ao preço da gasolina. Quando se faz a subtração, o impacto real na bomba deve ser de 34 centavos”, afirma o economista.
Sebastião ressalta que cada posto tem sua estrutura de custo e preço médio. Por isso, o aumento exorbitante nos valores, acima da média de 34 centavos, é de fato abusivo. O professor alerta ainda que não compensa trocar a gasolina pelo álcool.

PROPOSTA DO GOVERNO

Já em relação à economia nacional, o professor analisa que a medida, na verdade, prevê um cenário de inflação de custos, “Que pode inclusive se agravar, porque há uma variante que não está sendo discutida, que é a variação do ICMS. Os estados muito provavelmente deverão recompor a alíquota do ICMS que foi reduzida no ano passado”, destaca.

O Governo informa que a medida deve reduzir a inflação e equilibrar as contas públicas. Mas Sebastião Rocha lembra que esse resultado é médio a longo prazo.

“A curto prazo o que temos é impacto dos preços. A inflação prevista para 2023 de 3,25 necessariamente deve passar por um processo de divisão e vai para 5,2 ou 5,6 no final de 2023, porque o Governo esta escalonando isso. A recomposição dessa perda de arrecadação deve ir ao patamar anterior, onde o preço médio de combustível era de R$ 7 e caiu para R$ 5,08”, denota.

Para a análise de resultados, o professor afirma ainda que em quatro meses deve haver uma revisão para decidir se é possível continuar com a expansão da recuperação do sistema ou não.

Estagiário sob supervisão da jornalista Carlienne Carpaso*
  Siga o Portal ClubeNews no Instagram e no Facebook.
Envie sua sugestão de pauta para nosso WhatsApp ou Telegram.

Leia também: