Um protesto unificado dos trabalhadores do transporte público, dos carroceiros e de integrantes da Associação dos Cadeirantes de Teresina interditou as duas pistas da Avenida Marechal Castelo Branco, na zona Norte de Teresina, em frente à Câmara Municipal de Teresina (CMT).
Nesta manhã de segunda-feira (06), os manifestantes atearam fogo em pneus e outros produtos em protesto pedindo por melhorias nas condições de trabalho e de locomoção pela cidade. O Corpo de Bombeiros foi acionado.
Antes disso, os manifestantes realizaram um primeiro ato em frente à Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi), que fica a poucos metros da CMT.
O presidente do Sintetro, Antônio Cardoso, em entrevista à TV Clube, relatou que a falta de transporte não deveria ser normalizado em Teresina. Ele conta que na maioria das vezes parte dos trabalhadores ficam sem receber salário e, por isso, a categoria precisa fazer a paralisação pontual do serviço, mensalmente.
Outra denúncia é de que os trabalhadores do transporte estão sem assinar a convenção coletiva, que define os direitos da categoria. Eles pedem que os parlamentares ajudem a resolver a questão do transporte e o constante atraso de pagamento dos salários por parte das empresas.
Os empresários sempre relatam a falta ou atraso do repasse de subsídio por parte da Prefeitura Municipal de Teresina para justificar o não pagamento dos funcionários. Na semana passada, algumas empresas da zona Sudeste atrasaram o pagamento do vale-alimentação. No momento, os trabalhadores estão em estado de greve.
“Nós temos uma assembleia marcada para amanhã pelo secretário da Prefeitura, Michel Saldanha, para tentar convencer a categoria porque nós estamos em estado de greve; nós não deflagramos a greve por conta dessa conversa amanhã. Segundo informações, estamos sabendo que é mais para ganhar tempo. Espero que seja um boato. A gente queria conscientizar o prefeito, que ele olhasse para a nossa situação porque nós não aguentamos mais”.
Já os carroceiros denunciam a falta do pagamento do auxílio e o recolhimento irregular dos animais pelo Centro de Controle de Zoonoses de Teresina. Eles lembram do dia 18 de janeiro de 2023 quando um animal foi morto durante a captura pela equipe da prefeitura.
“Foi prometido pelo prefeito um auxílio aos carroceiros. Isso já está com dois anos, e nada foi cumprido. E agora um animal foi recolhido pelo Centro de Zoonose, que chegou ao ponto de matar o animal, e não é o primeiro”, disse Ana Cristina Lima, afirmando que os próprios carroceiros estão ajudando a família que teve o animal morto já que agora estão sem trabalho.
O vice-presidente da associação, Valdenício Martins, relata que o transporte eficiente, no momento, mal atende os pacientes que fazem hemodiálise e são cadeirantes. “Só temos dois carros para atender essa demanda. Todas as nossas reivindicações resultaram em audiência, já foram oito, do começo do ano para cá, e sem solução. A gente cobra, denuncia. Tem toda essa problemática”.
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