27 de julho de 2025

FMS realiza campanha contra calazar com coleira repelente em cachorros de Teresina

Thálef Santos

Publicado em 08/03/2023 20:00

Compartilhe:

Agente coleta sangue dos cachorros para realizar exames – Foto: FMS

A Fundação Municipal de Saúde (FMS), por meio da Gerência de Zoonoses, iniciou nesta quarta-feira (8) o terceiro ciclo do encoleiramento de 9.660 cães para combater a leishmaniose visceral (calazar). Acontece nas residências no bairro Angelim (zona Sul) com 4.740 cães e posteriormente atenderá o bairro Santa Maria da Codipi (zona Norte) com 4.920 animais.

O gerente de zoonoses da FMS, Paulo Marques, explica que o objetivo dessa ação é evitar a contaminação dos animais. “A coleira está impregnada com deltametrina a 4%, princípio ativo repelente e inseticida recomendado pela Organização Mundial da Saúde como uma das principais formas de controle do leishmaniose”, informa.

O trabalho é desenvolvido nas residências pela equipe técnica do Núcleo de Controle de Raiva, Leishmaniose e outras zoonoses (NUCRLOZ) da Gerência de Zoonoses. Os profissionais se reuniram às 8h no colégio do Residencial Dignidade, zona Sul, para iniciar o deslocamento até as residências.

 

Já foram coletadas 18.672 amostras de sangue de animais e que após o término dessa etapa serão selecionadas novas áreas de trabalho tendo como base os critérios definidos na nota técnica do Ministério da Saúde. Com o uso da coleira é interrompido o ciclo de transmissão do parasita, e consequentemente o risco de infectar outro animal ou ser humano, reduzindo assim o coeficiente de prevalência canina e a incidência dos casos humanos de Teresina.

O gerente do NUCRLOZ, Marlon de Araújo Castelo Branco, informa mais sobre o trabalho. “Já foram coletadas 18.672 amostras de sangue de cães que fazem parte dessa ação. Após o término desse ciclo nos bairros Angelim e Santa Maria da Codipi, serão selecionadas novas áreas de trabalho, tendo como base os critérios definidos na nota técnica do Ministério da Saúde”, esclarece.

Essa ação atende a uma determinação do Ministério da Saúde, iniciada no mês de dezembro de 2021, como uma nova estratégia para controle da leishmaniose visceral, que consiste na técnica com uso de coleiras impregnadas com inseticida, às quais em contato com a pele, promove uma lenta liberação do princípio ativo (deltametrina 4%) repelindo a aproximação do vetor de transmissão da doença.

Agente de zoonoses coleta sangue para realizar exames – Foto: FMS

Leishmaniose visceral
Trata-se de uma doença infecciosa grave que acomete os órgãos internos, principalmente fígado, baço e medula óssea. É causada por um parasito chamado Leishmania. A transmissão se dá através da picada de insetos popularmente conhecidos como “mosquito palha”, “cangalha” “birigui”, “tatuquira”, entre outros.

O cão é a principal fonte de infecção para o inseto transmissor. Para que a doença ocorra, o inseto deve picar um cão doente e depois picar a pessoa saudável. Os principais sintomas da doença são: febre de longa duração; aumento do fígado e baço; perda de peso; fraqueza; redução da força muscular; anemia.

  Siga o Portal ClubeNews no Instagram e no Facebook.
Envie sua sugestão de pauta para nosso WhatsApp ou Telegram.

Leia também:

Acompanhe a ClubeNews FM
Newsletter

Receba as principais notícias do Piauí e do Brasil direto no seu e-mail. Fique informado com agilidade e confiança, onde estiver.

Fique por dentro das próximas noticias