Uma grupo criminoso na cidade Codó, no Maranhão, é apontado por uma série de fraudes contra a Previdência Social no Piauí. Nesta sexta-feira (10), a Operação Bórgias – da Polícia Federal – foi deflagrada para desarticular essa organização criminosa.
A operação cumpriu quatro mandados de prisão em Codó (MA). Já os de busca e apreensão aconteceram em Teresina (PI) e na referida cidade maranhense.
A Polícia Federal pontuou que esse grupo é especializado em fraudar sistemas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) por meio “da inserção de documentos falsos, alteração de dados e locais de pagamento de beneficiários falecidos (saque pós-óbito), fictícios e vivos, valendo-se de diversos idosos falsários para consecução dos crimes”.
A operação acontece em parceria com a Coordenação de Inteligência Previdenciária. “Esse grupo criminoso é, supostamente, responsável por uma série de flagrantes no Estado do Piauí que acontecem, pelo menos, desde 2020”.
“No decorrer das investigações foram identificados 77 benefícios atrelados à referida organização criminosa, dos quais foi confirmada frauda em 32. Destes, 8 benefícios de pessoas fictícias e 24 pertencentes a segurados falecidos.Para os 32 benefícios com fraude comprovada, constatou-se que o prejuízo efetivo no valor de R$ 2.056.337,22”, detalhou a PF.
Além desses valores, “estima-se que, com a posterior revisão administrativa dos benefícios por parte do INSS e cessação dos pagamentos, haverá uma economia aos cofres públicos no montante de R$ 1.739.805,26”.
CRIMES
A Polícia Federal antecipou que “os investigados poderão responder pelos crimes de organização criminosa (Art. 2º da Lei 12.850/2013), estelionato majorado (Art. 171, § 3º do Código Penal), falsidade ideológica (Art. 299 do Código Penal), uso de documento falso (Art. 304 do Código Penal), apropriação de bens de pessoas idosas (Art. 102 da Lei n. 10.741/2003) e lavagem de bens e valores (art.1º, §1º, II da Lei n. 9.613/98)”.
A OPERAÇÃO
“A Operação mobilizou o total de 35 Policiais Federais para o cumprimento de 12 mandados judiciais, sendo 8 (oito) de busca e apreensão e 4 (quatro) de prisão preventiva, cumpridos nos municípios de Teresina/PI e Codó/MA, e todos expedidos pelo Juízo da 3ª Vara Federal de Teresina/PI da Seção Judiciária do Piauí”, informou a polícia.
A investigação também explicou o nome da operação: “o nome Bórgias, que tem origem numa família italiana renascentista marcada por crimes, guarda relação com os fatos apurados visto que os principais investigados são membros de uma mesma família especializada em cometer crimes contra a Previdência Social reiteradamente”.
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