28 de julho de 2025

“Cobrava R$ 5 para comprar pão”, relata jovem criadora de identidades visuais

Emanuel Pereira

Publicado em 11/03/2023 11:00

Compartilhe:

Maria Gabriele cria identidades visuais para confeiteiras e outras profissionais (Foto: Arquivo pessoal)

Emanuel Pereira*
emanuelpereira@tvclube.com.br

A pandemia da Covid-19 estimulou Maria Gabriele, de 20 anos, a empreender por necessidade para ajudar a família.  Sem nenhuma fonte de renda, ela investiu no marketing digital para conseguir ter a própria fonte de renda. Ela cobrava preços simbólicos por trabalhos que, quase sempre, levam horas para a conclusão.

Gabriele percebeu o quanto as confeiteiras precisavam de auxílio para melhorar suas identidades visuais e decidiu criar logomarcas mais elaboradas pelo valor simbólico de R$ 5, somente com o intuito de garantir comida na mesa.

“Notei que a identidade visual da marca delas não eram tão profissionais, nem tinham muita qualidade. Eu cobrava R$ 5,00 por cada logomarca, nem que fosse para comprar um pão”, afirmou.

CAPACITAÇÃO

No primeiro mês de trabalho, a empreendedora faturou R$ 400 e ficou contente com o resultado. Com o tempo, ela adquiriu mais conhecimentos, adquiriu equipamentos profissionais e começou a valorizar ainda mais o seu trabalho.

“No começo, eu fazia tudo pelo celular. Caprichava no atendimento e ainda hoje faço isso. Aprimorei bastante meu trabalho, estudei muito para conseguir estratégias e a criação de designs exclusivos e assertivos. Comprei equipamentos e, agora, minha maior fonte de renda vem da minha loja”, declarou.

Gabriele é natural do município de Luzilândia, interior do Piauí, e passou a morar em Teresina aos 13 anos, com o incentivo da avó, dona Maria do Rosário.

 

 

 

Logomarca criada por Maria Gabriele (Foto: Reprodução/Instagram @_criaartt)

AMOR PELO EMPREENDEDORISMO

A jovem relata que dava aulas de reforço antes da pandemia da Covid-19. Dificuldades financeiras motivaram a jovem a procurar trabalho ao terminar o Ensino Médio. Em meio às adversidades, ela conseguiu a aprovação para cursar Letras Português, na Universidade Estadual do Piauí.

“Minha avó me ofereceu educação e tudo que poderia oferecer, dentro da realidade onde vivíamos. Quando concluí o Ensino Médio, fiquei aflita, pois minhas condições não eram boas e eu precisava de dinheiro. Então comecei a colocar currículo de menor aprendiz em várias empresas para conseguir um trabalho”.

Maria Gabriele acredita que empreender é uma das melhores maneiras para conquistar a independência e o sucesso financeiro. Além disso, esta é uma área que permite ajudar outras pessoas.

“Eu amo meu trabalho, pois consigo criar e desenvolver coisas novas. Eu me redescobri no mundo do empreendedorismo e espero sempre ajudar minhas clientes”, relatou.

*Estagiário sob supervisão da jornalista Carlienne Carpaso

  Siga o Portal ClubeNews no Instagram e no Facebook.
Envie sua sugestão de pauta para nosso WhatsApp ou Telegram

Leia também: