Malu Barreto e Emanuel Pereira
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Familiares e amigos do estudante de Direito João Pedro Teixeira se reuniram no final da tarde desta terça-feira(21), dia do aniversário do jovem que foi morto em uma tentativa de assalto na sexta-feira (18), para homenageá-lo e pedir Justiça. O encontro aconteceu no Parque da Cidadania e emocionou todos que participaram do momento que cantaram”Parabéns a você” para estudante.
O pai de João Pedro, Edson Teixeira, relembrou o dia do nascimento do filho “Há 23 anos estávamos felizes com a chegada de João Pedro, primeiro filho, primeiro neto, fruto de um amor bonito. A gente estava cheio de planos pra que esse garoto com saúde, com sabedoria”.
Edson diz que seu filho era seu companheiro de trabalho desde os 15 anos e que o filho modernizou a empresa e fazia também o marketing. “Foi um garoto que vivia e viveu tudo com a gente. Foi um garoto que teve os pés no interior, brincou, se divertiu e nesse último momento já estava mexendo com produção de eventos, então, o João viveu intensamente a vida dele”, frisou.
Sobre como tem sido os últimos dias, Edson destacou que a força de João Pedro está deixando a família forte. “Parece que no dia que o João morreu ele incorporou na família sabe? Ele tem fortalecido a gente em todos os sentidos. As pessoas me dizem que estou muito forte, eu não me reconhecia forte, mas ele tem passado essa fortaleza para mim”.
Edson declarou ainda que confia na Polícia Civil e Militar do Piauí, mas se entristece pela Justiça do Piauí e questionou a liberdade do suspeito de assassinar o filho, que estava nas ruas, mesmo respondendo por oito crimes.
“A justiça do Piauí está suja de sangue, e não é só do meu filho, não, é de toda a sociedade. Esses crimes machucam a todos”.
A mãe de João Pedro, Rosilene Pereira Lima, também participou da vigília, mas estava muito abalada e não deu entrevista.
Reginaldo Teixeira, tio de João Pedro compareceu à vigília e disse que soube da notícia do sobrinho pela televisão. O tio estava assistindo TV, ao lado da esposa e dos dois filhos, quando viu a imagem do pai da vítima. Ele ficou assustado.
“Soube pelas redes sociais que um jovem tinha sido assassinado. Então, liguei a TV e vi meu primo dando entrevista e me assustei. Em seguida, liguei para os familiares e eles confirmaram a morte do Pedro”, disse.
Um dos amigos de João Pedro, Claudio Victor Caminho contou sua relação com o jovem e relembrou a alegria do estudante e a última vez que esteve com João Pedro.
“A gente se viu um dia antes do crime, ele estava me dando conselhos com a presidência da Atlética, e eu fiz uma foto com ele. Quando soube da notícia, eu caí no chão! O Pedro ele era muito brincalhão, de energia leve, onde ele estava a gente ria”.
O jovem falou da sensação de insegurança e impunidade que tomou conta de todos. “Fica uma mágoa e a sensação de impunidade só fica pior. Espero que os bandidos que estavam em condicional fiquem presos. Não existe um pessoa que teve 8 passagem pela polícia estar solto”, declarou.
A vigília por João Pedro teve depoimentos de amigos e familiares, oração e ao final, todos soltaram balões brancos. Muitos dos presentes seguravam cartazes com pedido de justiça.