
Emanuel Pereira*
emanuelpereira@tvclube.com.br
Com a greve no transporte público de Teresina, muitos trabalhadores estão tirando dinheiro do próprio bolso para chegar ao local de trabalho. Recorrer aos motoristas de aplicativos e ao ligeirinho é a principal alternativa destas pessoas, mesmo que isso sacrifique grande parte do salário.
A dona Isabel Lucena é moradora do Parque Vitória, no bairro Angelim, mas trabalha no bairro São Pedro. Diariamente, a cozinheira desembolsa R$ 16 reais por dia para ir e voltar do trabalho, o dobro do que pagava quando se locomovia de ônibus.
A trabalhadora destaca que ser usuária de transportes alternativos onera seu orçamento.
“Quem mora em bairros distantes, como eu, paga em torno de R$ 8 para se deslocar. As pessoas que pegam ligeirinho ou um motorista de aplicativo precisam chegar ao trabalho, mesmo sem ter condições de pagar”, disse.
Outro prejuízo relatado por dona Isabel ocorreu porque, quando a greve iniciou, muitas empresas já tinham pago passagens para os trabalhadores se locomoverem nos ônibus. Como a paralisação não tem previsão de acabar, ela e muitos usuários do transporte público não sabem até quando vão poder pagar transportes alternativos.
“A maioria das empresas coloca passes no cartão para podermos ir ao trabalho. Como essa greve começou, não há mais como usar essas passagens, sendo necessário tirar dinheiro do próprio bolso, porque não tem outro jeito”, pontuou.
*Estagiário sob supervisão da jornalista Malu Barreto
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