
Emanuel Pereira*
emanuelpereira@tvclube.com.br
A jovem Katarine Siqueira foi demitida do seu emprego após a primeira gestação. Sem renda e com uma criança para cuidar, ela se aventurou no mundo dos negócios em 2021, durante a pandemia da Covid-19. Além de possibilitar o sustento da família, trabalhar por conta própria ampliou sua visão de negócios.
A venda de bolos de pote deu início ao sonho empreendedor de Katarine. Ela começou a fazer novos produtos – como bolos caseiros, brigadeiros e brownies – para juntar dinheiro e fazer sua empresa prosperar. Com o dinheiro da rescisão saiu, ela ampliou ainda mais o empreendimento.
O INÍCIO
A jovem ficou relutante quando o esposo sugeriu montar uma mesa com os produtos em frente ao Mercado do Parque Piauí, zona Sul de Teresina. Katarine admite que sentia preconceito com vendas nas ruas, pois temia o julgamento equivocado das pessoas.
“Eu não via isso com bons olhos. É como se a pessoa não tivesse outra escolha senão estar vendendo na rua. Ademais, foi desafiador encarar as pessoas me julgando por estar ali”, disse.
A empresária aceitou e encarou o desafio. Com duas mesas de plástico e o anseio de ver seu negócio crescer, ela foi vender seus doces na rua. Esta experiência rompeu o preconceito e abriu a mente da jovem para novas possibilidades de empreender.
O PONTO ROSA
Com os recursos da rescisão trabalhista, Katarine investiu no empreendimento. Logo, ela substituiu as mesas por um carrinho gourmet, personalizado na cor rosa.
O “ponto rosa” na Avenida Principal do Parque Piauí fez sucesso e a empreendedora tomou gosto pelo negócio. Segundo a empresária, vender nas ruas tornou seu trabalho mais conhecido.
“Essa experiência foi o maior avanço que tive na minha jornada como empreendedora. Agora, já tenho em mente que meu negócio vai aumentar e vou contratar um funcionário para ficar no carrinho”, declarou.
O IMPORTANTE É COMEÇAR
Katarine rompeu o preconceito quando se permitiu viver a experiência de empreender na rua. Para ela, mais importante que percorrer a jornada, foi dar o primeiro passo.
“Eu queria ir trabalhar com o carrinho personalizado, mas no início não tinha como comprar. Então, meu esposo disse que o importante é começar. Eu carrego esse conselho comigo até hoje”, pontuou.
Superar o preconceito e o receio de ser julgada pelas pessoas foi uma tarefa difícil. A jovem precisou ter paciência e, principalmente, força de vontade a fim de ver seu empreendimento progredir.
Àqueles que planejam vender pelas ruas da capital, Katarine conta o segredo para enfrentar as adversidades.
“Tudo mudou quando eu entendi que aquele era o meu negócio. Fui às ruas defender meu produto, minha marca e me vejo como empresária. Acredito que não podemos desperdiçar oportunidades e viver enfrentar cada desafio, pois isso vale a pena quando somos conscientes de onde queremos chegar”, pontuou.
*Estagiário sob supervisão da jornalista Carlienne Carpaso
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