Isadora Cavalcante*
isadora.cavalcante@tvclube.com.br
Os trabalhadores terceirizados dos serviços de limpeza, capina, varrição, coleta de lixo e coveiros paralisaram os serviços pelo segundo dia consecutivo, nesta terça-feira (11). A categoria se reuniu na sede do Consórcio Teresina Ambiental (CTA) e reivindica atrasos do salário e do vale-alimentação.
O presidente do Sindicato dos Empregados de Empresas de Asseio e Conservação do Estado Do Piauí (Seeacep), Jonatas Miranda, conta que a empresa Litucera, responsável pelos salários, justificou o atraso alegando falta de repasse por parte da Prefeitura de Teresina.
“É uma briga recorrente. Há muito tempo a gente tem atraso no vale-alimentação, principalmente. A categoria tem me procurado bastante para resolver isso. Eu procurei os órgãos competentes, tanto a empresa como a prefeitura. No primeiro contato, a empresa informou que não ia conseguir pagar os valores devido à falta de repasse por parte da prefeitura. Esse mês chegamos ao limite de não receber nem salário, nem vale-alimentação”, destacou o sindicalista.
O que diz a prefeitura?
O secretário municipal de Finanças, Admilson Brasil, declarou que a prefeitura desconhece o motivo do atraso dos pagamentos aos funcionários, pois realizou o repasse financeiro à empresa responsável pela terceirização do serviço.
“A CTA é um consórcio formado por três empresas, onde duas já saíram do consórcio. Agora só existe a empresa Litucera que é a responsável pela coleta e limpeza. Essa empresa já recebeu, só neste ano, mais de R$ 48 milhões. Então não justifica nenhum atraso por mais de oito meses”, conta o secretário.
Dessa forma, a Prefeitura de Teresina vai solicitar a intervenção do Ministério Público para resguardar pelo menos os profissionais com o pagamento direto a eles dos salários.
“O Ministério Público do Trabalho vai verificar a possibilidade da Prefeitura de Teresina pagar diretamente os trabalhadores. Queremos resguardar os trabalhadores e tentar fazer o pagamento direto. O procurador geral do município irá notificar a empresa que, caso ela não regularize – os salários atrasados – vai ser cancelado o contrato de imediatamente”, pontou Admilson Brasil.
Estagiário sob supervisão da jornalista Carlienne Carpaso
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