Emanuel Pereira*
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O presidente do Sindicato dos Urbanitários, Francisco Marques, prestou depoimento, na manhã desta quarta-feira (12), à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga a má prestação de serviço por parte da Equatorial Piauí, empresa responsável por fornecer energia aos piauienses. Ele destacou que 80% do quadro de antigos profissionais – cerca de 1.800 pessoas – perderam seus empregos quando o fornecimento de energia foi privatizado em 2018.
O representante chamou a atenção para demissão em massa e a contratação de funcionários pouco qualificados para prestar o serviço. Segundo ele, a combinação destes fatores interferiu na qualidade do serviço prestado.
“A maioria dos trabalhadores foi substituída por profissionais terceirizados, com desempenho insuficiente nas funções essenciais da empresa. Eles recebem uma remuneração mais baixa e com alta taxa de rotatividade”, disse.
O líder sindical também ressaltou que o Sul do Piauí é a região que mais sofre após a privatização do serviço, principalmente o município de Corrente.
“Houve a redução de oito equipes para apenas uma, que atende municípios em um raio de 250 km. Além disso, a gestão da distribuidora ficou centralizada apenas em Teresina e Floriano”, frisou.
OUTRAS QUESTÕES
Francisco Marques também foi questionado sobre acidentes de trabalho, aumento na conta de luz e falta de qualificação profissional.
Em relação ao aumento dos acidentes, ele indicou a consulta à Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), mas acredita que as condições laborais deterioradas devem ter provocado um aumento. Sobre os demais fatores, o sindicalista mencionou a visão da empresa voltada somente para o lucro.
“Isso prejudicou a manutenção dos trabalhadores mais experientes e acredito que isso fez a conta de energia subiu entre 60% e 70% desde a privatização”, pontuou.
*Estagiário sob supervisão da jornalista Malu Barreto
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