
A nova reforma administrativa proposta pela Prefeitura de Teresina tem gerado discussões na Câmara Municipal. O líder do prefeito Dr. Pessoa (Republicanos), vereador Antônio José Lira (Republicanos), garantiu que a medida não possui cunho político e vai dinamizar as ações do Palácio da Cidade.
A proposta contendo as novas mudanças no quadro administrativo da gestão municipal foi lida na sessão plenária desta terça-feira (25). Durante os pronunciamentos, vereadores aliados e oposicionistas dividiram opiniões quanto à matéria.
Ao término da sessão, Antônio José Lira esclareceu à imprensa os trâmites da matéria e garantiu a aprovação do texto na próxima terça-feira (2), com o apoio de maioria do parlamento.
“Aqui não tem manobra, não tem má-fé. Muito pelo contrário. Aqui tem entendimento. Hoje colocamos para fazer a leitura e na próxima terça-feira colocaremos em regime de urgência especial. Depois de ser lido, tem que passar pelas comissões, ou normalmente, ou com parecer verbal”, explicou.
Acomodação de aliados
O Projeto de Lei visa a criação de novas coordenadorias, extinção de cargos, remanejamento de servidores e, além disso, a divisão das Superintendências de Ações Administrativas Descentralizadas (Saad) Sul e Sudeste.
Antônio José Lira disse que a medida do Poder Executivo não tem intuito de contemplar membros da base na Câmara, embora os gestores das duas novas Saads – caso a matéria seja aprovada – possam ser indicados por vereadores.
“De forma alguma [sobre a acomodar políticos]. Teresina tem uma zona Sul que está praticamente ligada à cidade de Demerval Lobão. Só um superintendente não dá conta. A zona Sul é a zona de maior área da capital. O grande Dirceu Arcoverde é uma cidade dentro de outra”, justificou.
Fatias de Saads
O vereador Edson Melo (PSDB) disse que a divisão das pastas até o início dos trabalhos deve demorar e que a medida aumenta os custos do Executivo.
“Vejo com certo temor esse fatiamento das Saads de várias regiões. Eu acredito que isso não deixa de criar várias despesas administrativas, o que faz falta lá na ponta com os recursos, que chegam para a população. Para desmembrar uma Saad, isso demanda tempo”, disse.
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