
O delegado do 11º Distrito Policial da capital do Piauí, Samuel Oliveira, responsável por efetuar a prisão dos empresários José Gil Cavalcante Soares de Melo e Karliandro Araújo Silva por estelionato em Teresina na quarta-feira (26) explica como o golpe era aplicado.
Diversas denúncias semelhantes surgiram após a prisão e o prejuízo no Piauí, Maranhão e Rio de Janeiro com a aplicação do golpe já ultrapassa os R$ 5 milhões.
“O vendedor do carro, real proprietário, transferia o veículo para um dos investigados que se dizendo comprador desistia do negócio e repassava ao comparsa e aí ficavam entre eles ganhando tempo e discutindo responsabilidades para o pagamento do bem. Nesse período o carro era vendido para um terceiro de boa fé que prontamente pagava o veículo e o dinheiro não chegava para o real proprietário”, explicou o delegado.
Samuel Silveira ressaltou que após a descoberta do golpe em Teresina, outros casos semelhantes na capital, no Maranhão e no Rio de Janeiro surgiram em registros de denúncias na polícia. “Em nossos casos, já ultrapassou cinco milhões o prejuízo sofrido por vítimas em todo o Brasil”, comentou.
O delegado detalhou ainda que no procedimento do golpe tudo é apresentado como um negócio legal, através até de identificação de empresas especializadas na venda de veículos. Até um sinal era utilizado para garantir a compra ao cliente.
A PRISÃO
Os empresários foram presos pela Polícia Civil em parceria com a Força Estadual de Segurança, suspeitos de praticarem estelionato e causar um prejuízo de mais de R$ 100 mil a uma vítima em Teresina.
“A investigação continua, outras vítimas podem surgir. Esse era o Modus operandi utilizado pelos dois presos, eles ludibriaram a pessoa com a venda de um veículo de luxo, gerando um alto prejuízo para a vítima”, destacou o delegado.
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