Emanuel Pereira*
emanuelpereira@tvclube.com.br
A jovem Mariana Gomes era recepcionista de uma clínica médica em Teresina e sempre foi reconhecida pelo seu carisma no ambiente de trabalho, até a pandemia da Covid-19 alterar o ânimo de pacientes e seus familiares. Abatida e com ansiedade, ela decidiu pedir demissão e investir na confeitaria, setor em expansão que gera renda e serve para aliviar os dissabores da existência.
Ela trabalhou durante seis anos na empresa e pediu demissão em 2022, ao perceber que a sua saúde mental estava abalada. Situações desrespeitosas e a rotina cansativa motivaram a profissional de 22 anos a tomar esta decisão.
Mariana relata que, em muitos momentos, chorava no banheiro da clínica, pois, diante de tantos acontecimentos desgastantes, era insustentável manter o profissionalismo.
“Quando os efeitos da pandemia amenizaram, o local voltou a ficar lotado de pacientes e eles estavam incompreensíveis, descontando toda a raiva na gente. Eu ainda peguei covid-19 duas vezes e isso me deixou ainda pior. Eu era uma pessoa muito alto astral, mas adoeci, fiquei psicologicamente instável e ia ao banheiro da empresa só para chorar”, disse.
A trabalhadora acordava 5h20 e retornava chegava às 19h do serviço. Mesmo em um cotidiano exaustivo e prejudicial ao seu bem-estar, ela encontrava tempo para preparar um doce brasileiro conhecido como palha italiana, feito de chocolate e biscoito triturado. Este hábito se transformou em fonte de renda e despertou a vocação empreendedora da jovem.
NOVO TRABALHO
Mariana começou a vender os doces para seus colegas da empresa. Preparar palha italiana era seu jeito de ganhar dinheiro extra e aliviar as tribulações do trabalho.
Ela não se importava em permanecer até tarde da noite fazendo doces, porque seus clientes gostavam e elogiavam seu trabalho. Para a empreendedora, isso é gratificante.
“A palha italiana fazia muito sucesso entre meus amigos e eu ficava muito feliz ao saber que eles gostavam. Nessa época, eu dormia muito tarde para dar conta da produção e acordava muito cedo. Ficava cansada, mas era satisfatório”, pontuou.
Foi então que a profissional tomou a decisão de sair do emprego e investir no setor da confeitaria. Além da referida iguaria, ela também aprendeu a fazer brigadeiros de vários sabores, brownies, fatias de bolo e outras sobremesas, que garantem seu sustento e mais estabilidade à sua saúde mental há um ano.
A VIDA FICOU MAIS DOCE
Após enfrentar tantos dissabores, Mariana adoçou sua existência com a confeitaria. Apesar de ainda não ter se recuperado completamente, ela dribla a ansiedade com o incentivo dos seus clientes e a vontade de ver seu negócio prosperar.
“É importante sempre tentar fazer ao máximo por você e pelas pessoas que gostam do seu serviço. Confesso já pensei em desistir, só que a vontade de fazer isso dar certo e ser reconhecida é bem maior, o que me torna capaz de levantar disposta diariamente”, concluiu.
*Estagiário sob supervisão da jornalista Malu Barreto
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